Matéria publicada no Jornal do Comércio desta segunda, 30. A reforma política, ao lado da tributária, será um dos principais temas a serem debatidos no Congresso Nacional no ano que vem. Os quatro candidatos ao Senado Federal das principais coligações do Estado citam propostas sobre o tema em suas plataformas, ainda que o tema esteja emperrado há anos, sem que se alterem questões fundamentais, capazes de melhorar o acesso e o controle sobre as campanhas. Paulo Paim (PT), que busca a reeleição, defende o financiamento público de campanha. "É uma grande bobagem as pessoas acharem que não estão financiando a campanha dos políticos", observa. Para coibir práticas como o caixa-2, o senador defende a adoção da tecnologia no acompanhamento dos gastos. "Como o político vai fazer uma campanha milionária se ele tem R$ 10 mil?", exemplifica. No seu entendimento, o nivelamento dos gastos incentiva a discussão de ideias, privilegiando a escolha do candidato com base em suas propostas. "Temos que apostar na formação dos quadros que nascem de forma natural do seio da classe trabalhadora e precisam ser incentivados. Atualmente, quem tem mais dinheiro sai na frente", destaca. O político diz não ter posição fechada sobre questões como lista fechada e voto distrital. Sobre o primeiro, coloca o receio de que a medida fortaleça a burocracia partidária, impedindo a emergência natural de novas lideranças."Numa máquina totalmente engessada, se você não está dentro, não entra". Na questão do voto distrital, entende que o melhor é a adoção de um sistema misto. Abgail Pereira (PCdoB) se coloca a favor da fidelidade partidária, do financiamento público e da adoção de listas fechadas, respeitando as cotas de candidaturas femininas. "É preciso um alinhamento programático", diz, ao apontar que acredita na verticalização das alianças como forma de fortalecer os partidos. Fonte: Jornal do Comércio http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=38657