Os aposentados e pensionistas estão cansados de esperar por medidas que lhes possibilitem uma vida digna. É hora de pensarmos nas pessoas que, por décadas, contribuíram para o desenvolvimento do país. O Brasil envelhece e os idosos estão cada vez mais distantes da norma constitucional que lhes garante plano de saúde, remédios, moradia, alimentação.Hoje ao se aposentar nossa gente não recebe o equivalente ao que contribuiu. Em razão da incidência do fator previdenciário, no momento da aposentadoria as mulheres perdem até 40% e os homens 35%. Defendo a extinção do fator (PL 3299/08) aliado à instituição da idade mínima (PEC 10/08) com regras de transição para que quem já contribua não seja prejudicado.Também é inadmissível que aqueles que se aposentaram ganhando o equivalente a, por exemplo, 5 salários mínimos, hoje recebam 2,5, e que quem recebia 2,5 receba apenas um. Esses benefícios devem ser recompostos (PLS 58/03) e é fundamental que as aposentadorias e pensões recebam o mesmo percentual de reajuste concedido ao mínimo (PL 1/07).Dinheiro há para isso. Aos que discordam peço que aprovem a PEC 24/03 que determina que os benefícios da Seguridade Social não sejam destinados para outros fins. Nos últimos sete anos, a Seguridade teve superávit de R$ 339,84 bilhões. Com a incidência da DRU esse valor passa a R$ 141,2 bilhões.Se olharmos para as renúncias fiscais veremos que no primeiro semestre deste ano R$ 91,9 bilhões foram recusados, a estimativa é que o valor atinja R$ 114,2 bilhões até o fim do ano.Esses são exemplos que nos fazem ter certeza de que é possível aprovar as propostas. Buscamos uma previdência universal, com direitos iguais para servidores das áreas pública e privada.Senador Paulo Paim (PT/RS)