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01.Dezembro
Prejuízos amargos - O Pioneiro

Só nos primeiros 14 dias deste mês de novembro, as exportações brasileiras geraram um saldo de US$ 1,229 bilhão para a balança comercial brasileira.Com resultados tão fantásticos, é natural que se descuide do comportamento de alguns itens de importação e dos efeitos que produzem sobre a economia doméstica. Isso vem ocorrendo particularmente com os vinhos importados do Chile e da Argentina.Alguns setores do governo não percebem que as importações de vinho desses dois países estão trazendo sensíveis prejuízos à vitivinicultura nacional.Essas importações vêm crescendo em escala geométrica nos últimos anos. As importações do vinho chileno, de janeiro a outubro de 2004, já ultrapassam o total do ano passado e somam US$ 16,8 milhões. Em relação à Argentina, a situação não é muito diferente. No mesmo período, as importações totalizaram US$ 15,1 milhões.Essa inundação de vinhos chilenos e argentinos no mercado brasileiro tem provocado grandes prejuízos à indústria nacional. Nossa vitivinicultura enfrenta em seu próprio mercado uma concorrência predatória do vinho importado dada à falta de normas e a facilidade de acesso.Para competir com o importado, o vinho nacional precisa de incentivos que passem pela fixação de cotas de importação do produto oriundo do Mercosul e do Chile, da regulamentação da importação pelos supermercados, da redução à metade do IPI sobre vinhos, além de maior fiscalização das fronteiras para reduzir o contrabando.Somente serão publicadas cartas com até 500 caracteres (letras, contando os espaços) e artigos com 1.500 caracteres contendo nome, endereço e número da Carteira de Identidade, por e-mail, fax ou Correio. Textos que ultrapassarem o limite serão cortados. Paulo Paim (PT-RS)