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07.Abril
O reajuste dos servidores e o novo mínimo

O governo anunciou um aumento diferenciado para os servidores públicos, que pode chegar a quase 30% para os funcionários de menores salários ou que tiveram reajustes inferiores à média nos últimos anos.  Essa decisão do governo tem como mérito o reconhecimento da necessidade de aumentar os rendimentos dos servidores que estão na base na pirâmide salarial do setor público.   Da mesma forma, o pagamento de um adicional aos servidores que têm renda mais baixa sinaliza igualmente uma política de distribuição de renda que merece os nossos aplausos.  Entendo que o mesmo raciocínio utilizado para o reajuste dos servidores públicos de baixa renda deve ser estendido à correção do salário mínimo a vigorar a partir do dia 1º de maio que se aproxima.Essa nova data base do salário mínimo, objeto de projeto de minha autoria que unifica a sua correção com os benefícios dos aposentados, obedecerá a um cálculo relativo a um período de 13 meses, já que o último reajuste se deu no dia 1º de abril do ano passado.Se aplicarmos a ele uma correção de 30% como a que se prete4nde conceder aos servidores de baixa renda, dos atuais R$ 240,00 o salário mínimo passaria em maio para exatos R$ 312,00. Da mesma forma, entendo também que o mesmo índice aplicado para a correção do salário mínimo seja igualmente utilizado para o reajuste de todos os benefícios da Previdência Social.Da mesma forma que ao conceder reajustes maiores para os servidores que estão na base da pirâmide salarial patrocina uma política de distribuição de renda, o mesmo raciocínio pode ser aplicado com o aumento do valor do salário mínimo.Já se disse repetidas vezes que o Brasil não é um país pobre, mas injusto. Portanto, temos agora com a revisão do valor do salário mínimo a oportunidade de reduzir essa injustiça nacional, aumentando os ganhos dos trabalhadores que se encontram na base da pirâmide social.  Com esse reajuste de 30% para o salário mínimo estaria alcançada a equivalência de 100 dólares que reivindicamos ao longo dos anos também por meio de projeto de lei de nossa autoria. Com isso, a economia brasileira, que está entre as quinze maiores do mundo, se livrará finalmente do estigma de pagar um dos mais baixos salários do planeta.  Paulo Paim (PT-RS)