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19.Setembro
Maior atenção à triticultura - Jornal do Comércio

Apesar de jornais e pesquisas divulgarem que as exportações no Estado do Rio Grande do Sul tenham avançado cerca de 7,3%, a balança comercial gaúcha se apresenta com saldo menor do que o mesmo período do ano passado. Ainda assim, continuamos mantendo o terceiro lugar no ranking de exportações no País, atrás de São Paulo e Minas Gerais. A atual situação do Estado desenha um quadro desfavorável e, de acordo com especialistas, apesar da matriz industrial bastante diversificada, será muito difícil uma mudança ainda para este ano. As altas taxas de juros, as taxas cambiais e a estiagem, foram fatores preponderantes neste panorama. Alguns setores do agronegócio sofreram um revés sem precedente. Um exemplo disso é a situação dos produtores de trigo que estão diante de cerca de 550 mil toneladas, um dos maiores estoques já vistos nos últimos anos. Diante das negociações com o governo federal, sempre lentas, que acabam apresentando um quadro de prejuízos aos produtores, a preocupação com a venda e com o preço desse produto, torna-se constante. Os produtores solicitaram uma definição sobre o processo de escoamento da safra 2005/2006. A produção gaúcha provoca excedentes consideráveis que, para os produtores, torna-se um grande prejuízo, se não for comercializada. Problema muito parecido com o do arroz e da soja. São necessárias medidas que venham proporcionar maior liquidez ao cereal, evitando a queda dos preços. A depreciação do dólar dificulta a exportação devido à baixa cotação do trigo no mercado externo. Uma das alternativas dos produtores é que o governo federal promova leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP). É preciso também, reduzir os custos do transporte marítimo no envio do cereal para outros mercados consumidores, como, por exemplo, as regiões Norte e Nordeste. A região Sul representa 94% da produção do trigo nacional, e continuamos com os problemas de sempre! Senador Paulo Paim (PT/RS)