Grito da Terra apresenta pauta de reivindicações ao Legislativo Representantes da manifestação Grito da Terra 2011 acompanharam, nesta quarta-feira (18), a reunião que elegeu o senador Wellington Dias (PT-PI) para a presidência da Subcomissão Temporária de Erradicação da Miséria e Redução da Pobreza e o senador Sérgio Petecão (PMN-AC) para a vice-presidência. Eles entregaram a Wellington Dias e a Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) - na qual funciona a subcomissão - as reivindicações do setor, reunidas no documento "Pauta do Campo".Wellington Dias prometeu encaminhar o documento aos presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara dos Deputados, Marco Maia, bem como aos presidentes das comissões onde tramitam projetos de interesse do setor rural e aos relatores destes. Dias garantiu que a subcomissão vai contribuir com o programa Brasil sem Miséria, do governo federal. Em sua visão, a erradicação da fome e da miséria no país depende, em grande parte, da atividade rural.A presença de parlamentares comprometidos com o setor rural, disse o senador João Pedro (PT-AM), é importante para dar prosseguimento às conquistas do setor agrícola. Para beneficiar os trabalhadores rurais, o senador pediu uma decisão sobre o Código Florestal e a reforma agrária, entre outros temas.A definição da legislação ambiental também foi reivindicada por José Carlos Pizzolotto de Oliveira, representante do Grito da Terra. Ele disse que a produção agrícola depende de regras claras para a atividade rural. A mobilização em Brasília, em sua visão, poderá sensibilizar as autoridades neste sentido.- Não estamos passeando. Viemos quase obrigados. Pela nossa vontade, estaríamos em nossas propriedades, cuidando dos nossos afazeres. Mas sem a manifestação, com certeza, continuaremos esquecidos pelos órgãos governamentais - disse.Raimunda de Macenas, que representou a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), disse que grande parte da pobreza do Brasil está no meio rural. Para ela, é necessário que o segmento dialogue com o Legislativo para "ajudar a governar este país". Iara Farias Borges / Agência Senado(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)