O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), abriu há pouco audiência pública promovida pela comissão, para debater o avanço da violência no Brasil. Os senadores querem discutir com especialistas as estratégias para combater a criminalidade no país. Mapa da Violência 2011 é debatido pela CDH Para debater o Mapa da Violência 2011, as soluções e os desafios a serem enfrentados para combater a criminalidade no Brasil, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza neste momento uma audiência pública com diversos especialistas. Veja a Taxa de homicídio nos estados Realizado pelo Instituto Sangari em parceria com o Ministério da Justiça, o Mapa da Violência 2011 deu continuidade à série de levantamentos que há uma década mostram o número de homicídios em cada município do Brasil. A edição de 2011 tem base nos números levantados em 2008, quando 50.113 foram assassinadas no país, uma média de 26,4 assassinatos por 100 mil habitantes. No mesmo ano, a taxa de homicídios foi de 5,8 por 100 mil na Argentina; de 5,4 nos Estados Unidos; de 1,31 na França; e de apenas 1,28 no Reino Unido, conforme levantamentos internacionais.Pelo Mapa da Violência 2011, o estado brasileiro com a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes é Alagoas (60,3), seguido por Espírito Santo (56,4) e Pernambuco (50,7). As capitais mais violentas são Maceió (107,1), Recife (85,2) e Vitória (73,9). Em 2008, 59% dos municípios do país registraram homicídios.O estudo também colocou foco no número de assassinatos de jovens. Os números são ainda piores quando os dados se referem à faixa etária de 15 a 24 anos de idade: a taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Brasil chega a 85,2. Em Maceió, a taxa de jovens assassinados chega a 251,4 por 100 mil habitantes. Em Recife, 211,2. E em Vitória, 181,9.O debate terá a participação de vários especialistas, entre eles Júlio Jacobo Waiselfisz, que é o diretor de pesquisa do Instituto Sangari. O requerimento para audiência pública foi do senador Paulo Paim (PT-RJ), que preside a CDH. Veja abaixo os participantes da audiência pública: - Júlio Jacobo Waiselfisz, diretor de pesquisa do Instituto Sangari;- Rosa Maria Gross de Almeida, coordenadora geral de Direitos Humanos e Segurança Pública da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;- Marsal Branco, coordenador do Curso de Jogos Digitais da Universidade FEEVALE/Novo Hamburgo (RS);- Ângela Alano, assessora da Diretoria da Associação dos Lesados Medulares do Rio Grande do Sul (Leme);- Celso Athayde, representante da Central Única de Favelas (Cufa);- Regina Maria Filomena de Luca Miki, secretária nacional e integrante do Fórum das Mulheres Negras;- Carlos Eduardo Benito Jorge, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil;- Arthur Trindade Maranhão Costa, coordenador do Núcleo de Estudos sobre a Violência da UNB;- Arquicelso Bidês, assessor especial da Secretaria do Entorno do DF e líder comunitário de Valparaíso; - Sandra Baccara, psicóloga. Da Redação / Agência Senado(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)