O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou nesta terça-feira (27) que às 16h será realizada uma reunião na Câmara dos Deputados, na Liderança do PDT, para discutir o reajuste de 7,71% para os aposentados, de acordo com o pacto firmado entre deputados e senadores par aprovação nas duas Casas. - Todos com quem conversamos pensam que é possível construir esse entendimento. É uma diferença de R$ 600 milhões, o que não é nada diante do orçamento da nossa Previdência, que é de mais de R$ 400 bilhões - afirmou.Em aparte, o senador Mário Couto (PSDB-PA) disse que iria participar da reunião, mas que tem tido decepções relativas ao assunto. Paim disse que também iria participar de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais, Emprego e Previdência (CAS), para discutir a situação da mulher e a Previdência. Em seguida, será tratada a situação das empregadas domésticas. O senador ainda disse que milhares de empregos seriam garantidos se fossem aprovadas as emendas apresentadas à Medida Provisória 472, que trata do Crédito-Prêmio IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os exportadores. Segundo Paim, milhares de casos estão pendentes na Justiça devido a problemas quanto à interpretação da MP. Paim explicou que o Crédito-Prêmio IPI foi criado no ano de 1969 como política pública de estímulo às exportações. Tratava-se de um percentual recebido pelas empresas sobre as exportações. Até o ano de 2004, segundo o senador, era pacífico o entendimento dos tribunais, em especial do Superior Tribunal de Justiça, de que o crédito continuasse em pleno vigor. Muitas empresas exportadoras foram autorizadas a continuar usando o chamado Crédito-Prêmio IPI normalmente. - A partir de 2004, com a mudança de entendimento dos tribunais, passou a existir um tratamento desigual para empresas que se encontravam na mesma situação. Ou seja, centenas de empresas usufruindo o direito ao Crédito-Prêmio IPI e as demais tendo que continuar na Justiça. No ano passado, quando tramitou aqui a MP 462, nós apresentamos essa solução, o Senador Francisco Dornelles (PP-RJ) acatou, mas, infelizmente, não foi em frente. A MP 470 recebeu novamente a mesma sugestão. Foi aprovada, mas depois caiu, por decurso de prazo, aqui mesmo neste plenário, porque a votação final não aconteceu - assinalou. Paim disse que está novamente encaminhando três emendas ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), o relator da MP 470, e fez um apelo pela aprovação. Segundo ele, os maiores prejudicados são os pequenos e médios exportadores. Da Redação / Agência Senado(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)Veja os vídeos do pronunciamentoParte I - http://www.youtube.com/watch?v=pCn7tiLM_aAParte II - http://www.youtube.com/watch?v=wOTFYMhOEk4Parte III - http://www.youtube.com/watch?v=wKi3MlinrR0