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30.Maio
Na ponta da lança e dos cascos

* Jornal do Comércio Um dos maiores orgulhos que tenho é ouvir brasileiros de outros estados dizerem que “quando a gauchada quer uma coisa não tem quem segure”. Por isso eu entendo que neste momento, em que se discute um novo aeroporto internacional para o nosso Estado, nós temos a obrigação de deixar para trás as nossas diferenças e de estar unidos e afiados na ponta da lança e dos cascos. Há estudos que comprovam que o Salgado Filho, mesmo com as obras previstas, dentro de pouco tempo terá sérios problemas que dificultarão o sistema aeroportuário da Região Metropolitana e, por conseguinte, do Estado. E olhe que estamos em véspera de Copa das Américas, Mundial 2014 e Olimpíadas do Rio. Além do mais, o Estado tem todas as condições de ser a porta de entrada do Mercosul. Várias regiões têm condições de receber o aeroporto 20 de Setembro, como está sendo chamado. Mas, por questões técnicas que me foram apresentadas, eu me detenho a um espaço de 16 quilômetros quadrados, entre as cidades de Nova Santa Rita e Portão. Com essa alternativa atenderíamos a demanda aeroportuária gaúcha por mais de quatro décadas. Eu não tenho dúvidas de que o 20 de Setembro será uma alavanca para o desenvolvimento econômico e social, capaz de atender 85% do PIB estadual. A questão é também de importância nacional: o Brasil é hoje a oitava economia do mundo e deverá ser a quinta até 2024. Para suportar este crescimento é indispensável uma infraestrutura sólida e moderna. O espaço reservado permite a construção de um aeroporto muito amplo, moderníssimo, dentro dos mais avançados conceitos de sustentabilidade e preservação ambiental. Creio também que no mesmo local poderá ser instalada outra demanda do nosso Estado, que é o Polo Aeronáutico do Rio Grande, aliás, uma necessidade estratégica. Não sou contra as reformas do Salgado Filho. Até porque acredito que são necessárias e não inviabilizam o 20 de Setembro. Mas temos que avançar. Olhar para o futuro. Percorrer o caminho das estrelas. Podem até me chamar de sonhador. Talvez eu o seja. Mas podem ter certeza de que dentro do meu peito sempre haverá um luzeiro iluminando e buscando boas-novas para o nosso querido Rio Grande do Sul. PAULO PAIM