Pesquisar no site
29.Abril
Metalúrgicos: Futuro para quem trabalha e o desenvolvimento

O 4º Congresso dos Metalúrgicos, realizado no Hotel Samuara, em Caxias do Sul, pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul, abriu as discussões entre a classe trabalhadora da região sobre o novo projeto de desenvolvimento do país.    Paticipação atenta dos trabalhadores  O encontro começou na manhã deste sábado (24 de abril) com o objetivo de debater o futuro para quem trabalha e contou com a participação da diretora-adjunta de Estudos e Políticas Macroeconômicas do IPEA, Denise Gentil, do senador Paulo Paim (PT) e da deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB).  Crescimento com distribuição de renda  Denise Gentil abriu sua palestra afirmando que é impossível crescer sem se desenvolver. E acrescentou crescer sem distribuir os frutos da riqueza também é insuficiente para um país que almeja se desenvolver. "A luta dos trabalhadores não é só por postos de trabalho". A diretora-adjunta do IPEA também lembrou da importância da intervenção do governo na criação de políticas que contemplem isso. "Vivemos numa sociedade capitalista, que não cria postos de trabalho para suprir a demanda. Se deixarmos por conta dela nunca teremos postos suficientes".  Ela destacou a importância da indústria nesse cenário, porque foi dando ênfase para esse setor que os países desenvolvidos cresceram. "A indústria tem que ser o carro-chefe da economia".  Na avaliação dela, o Brasil está no caminho certo, porque fez política econômica industrial e distribuiu renda, dois pré-requisitos essenciais. "Temos um programa de assistência social sólido, que é o Bolsa-Família, que é exemplo internacional. E o nosso sistema de seguridade social é um dos mais avançados do mundo".  Denise lembrou que desde 2006, um outro modelo de desenvolvimento se instalou no país, trazendo crescimento com distribuição de renda. "Estamos conseguindo reduzir a pobreza numa velocidade que nenhum país europeu conseguiu. Em 2008, a extrema pobreza foi reduzida à metade em relação a 2003. O salário mínimo cresceu 24,7% entre 2006 e 2008. Isso é inédito"   Trabalhador tem lado  O senador Paulo Paim (PT) abriu sua participação concordando com Denise Gentil, mas acrescentado que não está tudo resolvido ainda. E ele lembrou que existe uma grande luta pela frente em defesa dos trabalhadores e que, para isso, contava com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Assis Melo. "Você vai estar lá", disse Paim, apontando para a Assis, em uma referência à candidatura do vereador para deputado federal, e arrancando palmas da plateia.  Em seguida, acrescentou : "Os trabalhadores têm lado. E, para mim, é Lula e é Dilma".  Ele lembrou que quando começou a defender o salário mínimo de 100 dólares, parecia um sonho distantes. "Hoje é quase 300 dólares", comparou. "Antes com um salário mínimo dava para comprar uma cesta básica. Hoje dá para comprar quase duas e meia", acrescentou.  Paim defendeu o fim do fator previdenciário. "Para quem ganha 27 mil reais, o fator não faz diferença. Para o trabalhador faz". E argumentou que parte do dinheiro do fundo social do pré-sal deve ir para a previdência social. "Eu defendo que 5% desse fundo seja para a previdência".  O senador finalizou falando da necessidade do Congresso Nacional aprovar a PEC 50, que acaba com o voto secreto no parlamento. "Não tem lógica um homem público se esconder atrás do voto secreto".  Fonte: Portal Vermelho