A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem (4) o reajuste de 7,71% para as aposentadorias acima do salário mínimo - retroativo a janeiro deste ano e descontados o reajuste dado - e também o fim do fator previdenciário, por meio de emenda apresentada à Medida Provisória 475/09. Agora a medida vem para o Senado. Na avaliação do senador Paulo Paim, autor das propostas que levaram ao acordo, a Casa deve ter a mesma posição dos deputados. Quando apresentei o reajuste das aposentadorias e o fim do fator aqui, os senadores aprovaram as matérias por unanimidade. Não há razão para ser diferente agora. É uma questão de coerência, diz. Paim destaca que o Senado deve votar a proposta com responsabilidade. O senador ressalta que pequenas alterações foram feitas na Câmara, mudanças que minimizaram os gastos por parte do governo federal. Por exemplo o Senado tinha aprovado um reajuste com base em 100% do PIB, o acordo firmado fixou em 80%. Os senadores tinham aprovado o fim do fator com a média curta, ou seja, os últimos 36 meses, o que o governo não aceitava. A emenda aprovada usa a media longa, ou seja, as 80 maiores contribuições de 94 para cá, declara. O senador destaca ainda que não há déficit e que o impacto é muito menor que o ventilado por alguns. É um absurdo que se fale em impacto de R$ 15 bilhões. O fim do fator mais o reajuste terão um gasto de R$ 1,7bi.