O presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Álvaro Sólon de França, defendeu o modelo da seguridade do país como um dos mais avançados do mundo, fonte de direitos para os trabalhadores urbanos e rurais e de benefícios sociais. Segundo ele, há um debate ideológico que estigmatiza a seguridade e falta espaço na mídia para seus defensores.— A luta pelo orçamento da seguridade social é de toda a sociedade brasileira, das entidades sindicais e do Parlamento — apelou.França disse ainda que a mídia e o governo falam em desoneração das contribuições, mas se trata mesmo de uma substituição da base de cobrança: da folha salarial para o faturamento das empresas. Argumentou que o custo com salários no Brasil é baixo quando comparado com outros países. Seria, afirmou, de pouco mais de 25% sobre o salário pago, embora se diga que ultrapassa 100%.Antonio Lisboa, diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), disse que o debate sobre a desoneração não pode ser isolado da discussão da reforma tributária. Para ele, há um padrão injusto de cobrança de impostos, que penaliza quem pode contribuir menos, como os assalariados. Fonte: Jornal do Senado