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08.Agosto
Paim quer que bancos paguem previdência sobre faturamento

Em discurso na semana passada, Paulo Paim (PT-RS) elogiou o plano lançado pelo governo para estímulo a diversos segmentos da indústria, o que inclui a desoneração da folha de pagamento de setores com grande volume de mão de obra, como confecção, móveis e softwares. Isso será realizado até 2012, por meio de um projeto piloto a ser avaliado pelo governo, sindicatos e setor privado.Paim disse que a iniciativa ainda pode ser melhorada e lembrou projeto de lei (PLS 205/04), de sua autoria, propondo que a cobrança previdenciária seja sobre o ­faturamento da empresa, e não sobre a folha de pagamento.— A presidenta Dilma anuncia que a incidência sobre a folha de pagamento, que era 20% sobre o total da folha, para inúmeros setores — para mim, outros deveriam entrar —, passou a ser zero. Mas estranhei que os bancos não tenham entrado. O que os bancos fazem? Faturam muito e empregam muito pouco. Então, é claro que os bancos optaram por ficar com a incidência sobre a folha e não sobre o faturamento ou o lucro. Eu gostaria que também os bancos tivessem entrado aqui. Aí, sim, estaríamos alavancando ainda mais o superávit da Previdência.O senador acredita que a modificação proposta em seu projeto poderia ser incorporada ao plano federal de incentivo à atividade econômica— O argumento que eu usava era de que não é justo que uma empresa de calçado ou de móveis, ou mesmo do setor metalúrgico, que cumpre a sua função social gerando milhões de empregos, pague sobre a folha, e o banco, que fatura muito e emprega muito pouca gente, porque é tudo informatizado, pague sobre a folha também. Então, é tudo sobre o faturamento ou não dá para botar só aquele que fatura pouco e emprega mais. Fonte Jornal do Senado