CDH fará audiência pública para debater medidas anticorrupçãoDiscussão com entidades da sociedade civil, marcada para a próxima terça por iniciativa de senadores da base governista, é motivada pelas recentes acusações de irregularidades que levaram a demissões em vários ministériosA Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) debaterá, na terça-feira que vem, políticas de combate à corrupção e à impunidade. O requerimento para a realização da audiência pública, aprovado ontem, foi apresentado pelos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Paulo Paim (PT-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Luiz Henrique (PMDB-SC), Ana Amélia (PP-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Taques (PDT-MT) e Marcelo Crivella (PRB-RJ).Na segunda-feira passada, eles haviam se revezado na tribuna para apoiar a presidente Dilma Rousseff por suas ações de combate à corrupção, que levaram a demissões em vários ministérios. O mentor do movimento pró-governo foi Pedro Simon. A audiência pública da próxima terça-feira faz parte desse mesmo movimento.Pedro Taques justificou a escolha da CDH para o debate. Segundo ele, a corrupção consome recursos que deveriam ser aplicados em direitos humanos fundamentais:— A corrupção solapa os direitos humanos na saúde que não cura, nas escolas que não ensinam, na segurança que não dá tranquilidade.Serão convidados para a audiência o bispo Damasceno Raimundo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Ophir Cavalcante, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Maurício Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); José Geraldo de Souza Júnior, reitor da Universidade de Brasília (UnB); Marlon Reis e Jovita José Rosa, representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral; e dom Manoel João Francisco, presidente do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).Pedro Taques sugeriu que sejam convidados também representantes de entidades da Justiça e do Ministério Público. Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) propôs a presença da ONG Transparência Brasil e da Associação dos Delegados da Polícia Federal. Casildo Maldaner (PMDB-SC) pediu a presença de representantes da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Paulo Paim sugeriu que sejam ouvidos também representantes dos movimentos sociais. Até a segunda-feira, outros nomes poderão ser convidados. Fonte: Jornal do Senado