Não há dúvidas de que a educação é a base para que se possamos construir um país melhor. E, é justamente por acreditar nisso que defendo as escolas técnicas profissionalizantes.Dados do Dieese nos mostram que dos 3,2 milhões de desempregados brasileiros das regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife e Distrito Federal, 1,5 milhão são jovens de até 24 anos.Recentemente o relatório da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) mostrou que apenas metade dos 34 milhões de jovens brasileiros freqüentava escolas ou universidades. Um em cada cinco jovens não estuda e nem trabalha. Os mais atingidos são os jovens das classes sociais mais baixas. Para quebrar esse ciclo é que apresentei a PEC 24/05 que institui o Fundo Nacional de Ensino Profissionalizante, o Fundep. O Fundep irá custear programas voltados à educação profissional a fim de gerar trabalho e renda. Com isso teremos melhorias significativas de acesso ou de permanência no mercado de trabalho. Além, é claro, de proteger a pessoa desempregada por meio de investimentos produtivos e da qualificação profissional.Os recursos do Fundep virão das arrecadações do Imposto de Renda e Imposto sobre Produto Industrializado (2%) e do PIS/PASEP (3%). Pode parecer pouco, mas o valor investido será bastante alto. Por exemplo, se a PEC tivesse sido aprovada em 2007, os recursos previstos para 2008 ficariam em torno de R$ 5,5 bilhões.O Fundep é uma esperança para aqueles que não têm acesso ao mercado de trabalho e ao ensino de qualidade. Com ele os trabalhadores brasileiros passarão a ter a tão almejada qualificação profissional.O ensino técnico é um instrumento de combate aos preconceitos, de diminuição da violência, e, com certeza, peça fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e igualitária. Ele é o primeiro passo para um trabalho decente, para elevar a qualidade de vida e para a realização pessoal.Senador PAULO PAIM