Em pronunciamento nesta quinta-feira (22), o senador Paulo Paim (PT-RS) destacou manifesto em que os deputados do Rio Grande do Sul defendem o entendimento como forma de evitar a derrubada do veto presidencial à Emenda Ibsen, que reparte entre todos os estados os royalties do petróleo. O entendimento entre as lideranças partidárias sobre a matéria também foi defendido por Paulo Paim. Se for apreciado, observou, o veto cairá, levando os estados que se sentem perdedores a ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF). Em aparte, o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que os líderes e vários parlamentares estão empenhados em buscar um caminho que provavelmente não será o do consenso, que é difícil se existir nesse tipo de matéria. Ele ressaltou, porem, que é preciso elaborar um projeto que tenha um mínimo de razoabilidade, em que cada lado perca um pouco, o qual deve ser votado antes do próximo dia 5 no Plenário do Senado. Por isso, explicou, o presidente do pSenado, José Sarney, indicou os relatores das quatro medidas provisórias que estão trancando a pauta, para que elas possam ser votadas na próxima semana. Jucá disse ainda que o governo já avançou bastante em relação à matéria, abrindo mão de 30% para 20% dos royalties, exatamente para que os estados não produtores pudessem receber essa diferença. Segundo ele, o governo também busca uma alternativa de participação especial para a remuneração dos estados produtores. Já o senador Jose Pimentel (PT-CE) destacou que a proposta analisada pelo governo procura assegurar ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo no mínimo o que esses dois estados receberam de royalties do petróleo em 2010. Por sua vez, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que o debate que está sendo feito é "prisioneiro do presente", esquecendo o destino das gerações futuras e sem levar em conta que o petróleo é um recurso de natureza finita. Fonte: Agência Senado.