O Dia on lineComissão deve votar, na próxima semana, aumento real para quem recebe acima do piso Rio - Será decidido no voto o reajuste de até 13,61% para aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima do salário mínimo (R$ 545). Ontem, em reunião com centrais sindicais e entidades representativas dos idosos, o Ministério da Previdência confessou que não tem nenhuma proposta de aumento acima da inflação aos segurados. Agora, caberá a deputados e senadores aprovarem uma das emendas que preveem reajuste real. A Comissão Mista de Orçamento deve analisar na próxima terça-feira duas propostas de aumento real. A do deputado Marçal Filho (PMDB-MS) pede o mesmo índice de reajuste do mínimo (13,61%). Já a segunda, que prevê reajuste de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mais inflação (11,7%), é da coligação multipartidária encabeçada pelos deputados federais Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), além do senador Paulo Paim (PT-RS). Na Faaperj, aposentados em campanha pelo fim do fator previdenciário pretendem coletar 1 milhão de assinaturas para levar a ministros do STF | Foto: Bruno Trezena / Agência O DiaPelo menos 150 parlamentares assinaram a proposta. “O reajuste tem um apelo grande aqui no Congresso e deve ser aprovado com tranquilidade. Se a Dilma vetar, a situação vai ficar ruim para ela”, disse o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical. Já para o senador Paulo Paim, a briga só está começando. “Estamos convocando as principais lideranças partidárias para apoiarem a emenda dos 80% . São representantes de todos os partidos apoiando o reajuste. Vamos torcer para que a presidenta Dilma não vete depois a proposta”, disse o senador. Volta do pecúlio - Está previsto para o próximo dia 8 de novembro uma definição sobre a proposta em estudo pelo Ministério da Previdência Social de substituir a desaposentação pelo pecúlio. Ontem, o ministério apresentou o projeto à Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas e às centrais sindicais. - Pela proposta, a Previdência prevê devolver os valores pagos a mais ao INSS, por aposentados que voltaram à ativa, por meio do pecúlio, recurso extinto em abril de 1994. Segundo a Cobap, a devolução das contribuições aos segurados se daria no momento em que o aposentado decidisse parar de trabalhar e de forma automática. - Para o presidente da Cobap, Warley Martins, é preciso estudar a proposta da Previdência antes de confirmar um apoio. Especialmente, a fórmula de cálculo do ressarcimento. “Precisamos acertar se a devolução dos ganhos será reajustada de acordo com a inflação de cada ano e também seguindo o reajuste anual dos benefícios. Vamos consultar os advogados e apresentar uma posição já no próximo mês”, antecipa Warley Martins.