- Profissionais autônomos participaram de debate sobre projetos de lei no Senado esta semana Da Redação A aposentadoria especial aos 25 anos de atividade, a regulamentação da profissão e o controle rigoroso da duração máxima da jornada de trabalho foram três das principais reivindicações apresentadas por motoristas autônomos e empregados à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, nesta terça-feira (22).Por iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS), os representantes de trabalhadores e de empresários do setor de transporte passaram toda a manhã discutindo possíveis mudanças em dois projetos de lei, o PLS 271/08 e o PLC 319/09, que tratam, respectivamente, do Estatuto do Motorista Profissional e da regulamentação da profissão de motorista, ambos em tramitação no Senado Federal.Os convidados da audiência chamaram atenção para as condições insalubres e perigosas pelas quais passam a maioria dos profissionais do volante, o que justifica, argumentaram, o tratamento diferenciado na legislação. Segundo eles, as reivindicações não beneficiam somente os trabalhadores, mas toda a sociedade, por se tratar de uma questão de segurança e de preservação de vidas. - A única categoria que não trabalha oito ou nove horas diárias é o caminhoneiro. A pressão e a elevada carga de trabalho obrigam muitos a buscarem a solução errada, como o uso de drogas - alertou o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros, José Araújo China.Formação - A formação profissional de novos motoristas e o investimento em cursos de aperfeiçoamento e reciclagem também foram pontos defendidos pelos convidados. O presidente da NTC Logística, Flávio Benatti, alertou para o desinteresse do jovem na profissão, o que torna difícil a renovação da mão de obra, principalmente no que diz respeito aos caminhoneiros:- Infelizmente, o setor ficou mal visto pela sociedade. Tradicionalmente, a profissão foi passada de pai para filho, o que não acontece hoje. Também não há mais espaço para aquela visão romântica do jovem que sai de casa para explorar o mundo. É preciso profissionalismo e uma legislação moderna, além de melhores condições de trabalho - afirmou Benatti.O presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro ressaltou que a categoria não abre mão do curso profissionalizante e lembrou que nos últimos cinco anos 620 mil caminhões novos foram vendidos no Brasil.- Como um empresário vai colocar um veículo moderno, de R$ 450 mil, nas mãos de um motorista despreparado? - indagou. Fonte: http://odiariodeteresopolis.com.br/leitura_noticias.asp?IdNoticia=18594