Durante muitos anos ouvimos falar que o Brasil era um país de jovens. Esta perspectiva está mudando, pois dentro de pouco mais de dez anos seremos, talvez a quinta maior nação em idosos. O país precisa estar preparado para esta nova realidade. Nossos idosos envelhecem sem o mínimo de estrutura familiar e social. O estado necessita fornecer-lhes segurança. Com a finalidade de garantir a oportunidade de um envelhecimento digno criamos o Estatuto do Idoso. A proposta tenta resgatar o que a sociedade deve a essas gerações que representam nossos pais e avós e terá para o Idoso a mesma força que tem hoje o estatuto da Criança e do adolescente. Todos os artigos presentes no estatuto são fundamentais para assegurar os direitos do nosso idoso. Destacamos alguns: Diminuição da Idade- O EI propõe 60 anos; vinculação das aposentadorias e pensões ao salário mínimo; garantia de um SM a todo o idoso que a renda mensal per capita da família não ultrapasse um salário mínimo (hoje é ¼ do SM); garantia de que o aposentado receba o mesmo número de SM que recebia na época em que se aposentou; garantia de que a agressão seja punida com multa e prisão; atendimento privilegiado na saúde, educação e justiça; data-base de revisão das aposentadorias e pensões no dia 1º de maio; dedução no IR para aqueles que mantiverem o idosos no convívio com a família. Estas e outras propostas estão incluídas no EI. Temos consciência de que sua aplicação necessita da mobilização e fiscalização da sociedade para que elas sejam transformadas em realidade. Do contrário corremos o risco de ter esta batalha perdida. Acreditamos que as novas gerações imitam o que vivenciam e não o que lhes é dito. A frase reflete o que pensamos: ..."as mesmas mãos que dedilharam prosaicas máquinas de escrever têm o direito de digitar teclados que levam ao futuro" Paulo Paim PT/RS