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28.Novembro
Na busca da Justiça

Sempre pautamos nossa vida política em atitudes baseadas na verdade e na transparência. Nossa raiz sindicalista direciona nossos atos para o acordo e para  a negociação. Enfrentamos muitas greves com o objetivo de obter alguma vitória para os trabalhadores. E obtivemos êxito. Hoje não é diferente. Vivenciamos um dos momentos mais importantes e difíceis de nossa vida, pois sabemos que nossas atitudes são refletidas na vida de milhares de pessoas. Por esse motivo não poderíamos agir de outra maneira na votação da Reforma da Previdência. Nunca fomos contra a Reforma. O Brasil inteiro sabe disso. Somos contra pontos específicos contidos no projeto aprovado na Câmara dos Deputados. Na votação e no pronunciamento que fizemos na tribuna não houve justificativa de voto ou de posição. Houve, sim, as palavras sinceras de um político que acredita no que está fazendo. Agimos de acordo com a nossa consciência.Nem sempre os fatos revelam a verdade. Muitas vezes nossos olhos e ouvidos nos pregam peças. Se tivéssemos votado contra o governo, hoje não haveria sequer a possibilidade da dúvida sobre a PEC paralela. O governo já havia contabilizado 55 votos e eram necessários 49 para a aprovação da PEC 67 no Senado. Nos desgastamos, negociamos noite e dia, firmamos compromisso com os líderes partidários do governo e, principalmente, com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se agora podemos vislumbrar a paridade, a contribuição dos inativos (atendida em parte), o subteto nos Estados e a regra de transição é porque sacrificamos nosso voto na PEC 67.Seria muito fácil obter os louros dos servidores públicos e ser capa dos principais jornais. Há momentos na vida  que o julgamento e a calúnia daqueles que desconhecem a verdade doem muito. Preferimos sofrer o julgamento momentâneo de alguns para vislumbrar um horizonte muito melhor depois.  Qual seria o resultado efetivo se votássemos contra o projeto e nos retirássemos da arena? Incoerência seria se, após negociarmos exaustivamente e articularmos um entendimento, votássemos contra o acordo que construímos. Estamos seguros do que fizemos. Tão seguros, que estaremos reunidos, na próxima segunda-feira, às 17h, com os servidores públicos e com o relator do projeto, para encaminhar a votação da PEC paralela.Paulo Paim PT/RS