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24.Maio
Desafio do Emprego e Renda

Embora para alguns possa parecer “samba de uma nota só” quando insistimos em apontar o desemprego como a maior e mais perversa herança recebida pelo Governo Lula, se observarmos a evolução da eliminação de postos de trabalho na última década não será difícil constatar que o desemprego triplicou nesse período. De tal forma que em janeiro último atingimos a maior marca de desemprego da história do País, quando o IBGE levantou 11,2% de desempregados em nossa força de trabalho, ou assustadores 7,8 milhões de desempregados. Essa versão de um “eixo do mal” tupiniquim contra o trabalhador brasileiro tem suas origens no Governo Collor, que de forma irresponsável deu início à mais brutal abertura da economia brasileira, conhecida como a segunda abertura dos portos que, embora festejada pelos liberais,na verdade levou ao fechamento de fábricas e à supressão de empregos. O Governo Fernando Henrique aprofundou esse processo de globalização e ampliou ainda mais a questão do desemprego, com a privatização das empresas estatais e a redução do tamanho do estado. Irmã siamesa do desemprego, a queda de rendimento é outro problema que vem sendo enfrentado pelo trabalhador brasileiro. A queda do rendimento é maior conseqüência do desemprego, e se revela pela redução sistemática dos salários, que vem ocorrendo desde 1998. a da renda está diretamente relacionada ao grande contingente de desempregados, que tem favorecido a correção do salário de muitas cateas abaixo da inflação e à uma maior rotatividade no mercado de trabalho. O Governo Lula se inicia com o desafio de encontrar solução para esta situação, num quadro de economia desaquecida combinada com inflação e juros em alta para tentar conter a escalada de preços. Além disso, tem ainda pela frente uma guerra que deve fazer de 2003 um ano propício a demolir economias, estáveis ou não, devido ao desconhecimento dos efeitos e da extensão desse conflito.  Tudo isso torna ainda mais difícil retomar o desenvolvimento econômico, a melhor saída para a geração dos necessários empregos. Como primeiro passo para enfrentar essas dificuldades, o Governo Lula está preparando o lançamento do Programa Primeiro Emprego, que deve atingir quatro milhões de brasileiros de 15 a 24 anos de idade. Esse programa é destinado a jovens o campo e das cidades de tal forma que se possa atacar o problema do desemprego no meio urbano e rural e forçar um crescimento da economia no interior do país, enquanto se aliviam as pressões dos grandes centros, onde a falta de oportunidade de trabalho tem conduzido nossos jovens para a criminalidade. Também pretendo oferecer minha colaboração. Acabei de apresentar no Senado um projeto de lei que dá novo direcionamento aos recursos captados em depósitos de poupança pelas entidades integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. Nosso objetivo é destinar maiores recursos para a indústria da construção civil e em conseqüência ajudar na geração de empregos. O projeto aumenta em cerca de 25% os recursos que devem ser obrigatoriamente aplicados no financiamento imobiliário para a construção de novas unidades habitacionais, uma indústria que absorve grande quantidade de mão-de-obra sem maiores exigências de qualificação.  Também tramita no Congresso Nacional outro projeto de nossa autoria que quando tornar-se lei dará grande contribuição para a criação de empregos. Trata-se da proposta que reduz a jornada de trabalho, que no Brasil está entre as maiores do mundo. Estudos relativos à redução de jornada de trabalho têm mostrado ela é um meio de reduzir custos, já que torna possível ajustar a utilização da mão-de-obra às necessidades de produção das empresas, evitando o uso de horas extras. Quanto à questão da recuperação da renda do trabalhador, entendemos que o melhor caminho passa pelo reajuste do valor do salário mínimo. Apresentamos um projeto de lei estabelecendo que a correção do salário mínimo se dará de agora em diante com base no IGP-DI. Se utilizarmos esse índice, acrescido de um pequeno valor sobre a hora trabalhada, já no próximo ano poderemos alcançar para o piso salarial brasileiro valor equivalente a 100 dólares. Pela quantidade de trabalhadores a que remunera, o salário mínimo é a principal referência do mercado de trabalho e importante instrumento de distribuição de renda. A recuperação do seu poder de compra aquece a economia, mediante o aumento do consumo, melhorando a vida de milhões de brasileiros. Finalmente, para criar mais empregos e ampliar a renda do trabalhador brasileiro devemos perseguir uma política que nos leve à redução da taxa de juros, para impulsionar o crescimento da economia; estimular a produção de produtos exportáveis e desenvolver políticas que contribuam para a ampliação de nosso mercado exterior; e finalmente, ampliar o programa de assentamentos pois sabemos que com a reforma agrária criaremos mais empregos e aumentaremos a renda no campo. Embora para alguns possa parecer “samba de uma nota só” quando insistimos em apontar o desemprego como a maior e mais perversa herança recebida pelo Governo Lula, se observarmos a evolução da eliminação de postos de trabalho na última década não será difícil constatar que o desemprego triplicou nesse período. De tal forma que em janeiro último atingimos a maior marca de desemprego da história do País, quando o IBGE levantou 11,2% de desempregados em nossa força de trabalho, ou assustadores 7,8 milhões de desempregados. Essa versão de um “eixo do mal” tupiniquim contra o trabalhador brasileiro tem suas origens no Governo Collor, que de forma irresponsável deu início à mais brutal abertura da economia brasileira, conhecida como a segunda abertura dos portos que, embora festejada pelos liberais,na verdade levou ao fechamento de fábricas e à supressão de empregos. O Governo Fernando Henrique aprofundou esse processo de globalização e ampliou ainda mais a questão do desemprego, com a privatização das empresas estatais e a redução do tamanho do estado. Irmã siamesa do desemprego, a queda de rendimento é outro problema que vem sendo enfrentado pelo trabalhador brasileiro. A queda do rendimento é maior conseqüência do desemprego, e se revela pela redução sistemática dos salários, que vem ocorrendo desde 1998. A queda da renda está diretamente relacionada ao grande contingente de desempregados, que tem favorecido a correção do salário de muitas categorias abaixo da inflação e à uma maior rotatividade no mercado de trabalho. O Governo Lula se inicia com o desafio de encontrar solução para esta situação, num quadro de economia desaquecida combinada com inflação e juros em alta para tentar conter a escalada de preços. Além disso, tem ainda pela frente uma guerra que deve fazer de 2003 um ano propício a demolir economias, estáveis ou não, devido ao desconhecimento dos efeitos e da extensão desse conflito. Tudo isso torna ainda mais difícil retomar o desenvolvimento econômico, a melhor saída para a geração dos necessários empregos. Como primeiro passo para enfrentar essas dificuldades, o Governo Lula está preparando o lançamento do Programa Primeiro Emprego, que deve atingir quatro milhões de brasileiros de 15 a 24 anos de idade. Esse programa é destinado a jovens o campo e das cidades de tal forma que se possa atacar o problema do desemprego no meio urbano e rural e forçar um crescimento da economia no interior do país, enquanto se aliviam as pressões dos grandes centros, onde a falta de oportunidade de trabalho tem conduzido nossos jovens para a criminalidade. Também pretendo oferecer minha colaboração. Acabei de apresentar no Senado um projeto de lei que dá novo direcionamento aos recursos captados em depósitos de poupança pelas entidades integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. Nosso objetivo é destinar maiores recursos para a indústria da construção civil e em conseqüência ajudar na geração de empregos. O projeto aumenta em cerca de 25% os recursos que devem ser obrigatoriamente aplicados no financiamento imobiliário para a construção de novas unidades habitacionais, uma indústria que absorve grande quantidade de mão-de-obra sem maiores exigências de qualificação. Também tramita no Congresso Nacional outro projeto de nossa autoria que quando tornar-se lei dará grande contribuição para a criação de empregos. Trata-se da proposta que reduz a jornada de trabalho, que no Brasil está entre as maiores do mundo. Estudos relativos à redução de jornada de trabalho têm mostrado ela é um meio de reduzir custos, já que torna possível ajustar a utilização da mão-de-obra às necessidades de produção das empresas, evitando o uso de horas extras. Quanto à questão da recuperação da renda do trabalhador, entendemos que o melhor caminho passa pelo reajuste do valor do salário mínimo. Apresentamos um projeto de lei estabelecendo que a correção do salário mínimo se dará de agora em diante com base no IGP-DI. Se utilizarmos esse índice, acrescido de um pequeno valor sobre a hora trabalhada, já no próximo ano poderemos alcançar para o piso salarial brasileiro valor equivalente a 100 dólares. Pela quantidade de trabalhadores a que remunera, o salário mínimo é a principal referência do mercado de trabalho e importante instrumento de distribuição de renda. A recuperação do seu poder de compra aquece a economia, mediante o aumento do consumo, melhorando a vida de milhões de brasileiros. Finalmente, para criar mais empregos e ampliar a renda do trabalhador brasileiro devemos perseguir uma política que nos leve à redução da taxa de juros, para impulsionar o crescimento da economia; estimular a produção de produtos exportáveis e desenvolver políticas que contribuam para a ampliação de nosso mercado exterior; e finalmente, ampliar o programa de assentamentos pois sabemos que com a reforma agrária criaremos mais empregos e aumentaremos a renda no campo. Paulo Paim PT/RS