JORNAL do COMÉRCIO Deivison Ávila e Jessica Gustafson, especial A busca pelo bem será um tema recorrente no Carnaval de Porto Alegre neste ano. No sábado, a Império da Zona Norte trará para o desfile a luta do bem contra o mal. O ponto alto fica por conta da batalha contra as desigualdades do mundo atual que será representada no sambódromo. A Imperadores do Samba, que também desfila no sábado, terá como homenageado o senador Paulo Paim (PT), que, segundo a escola, faz o bem sem olhar a quem. A escola contará a história do político, até a sua chegada em Brasília. Os ingressos para o Carnaval só poderão ser comprados diretamente no Porto Seco, no dia do desfile. A venda antecipada se encerrou ontem e os ingressos para o sábado já estão esgotados. Restam cerca de dois mil bilhetes para a sexta-feira. Paulo Paim desfilará na Imperadores do Samba “Nosso objetivo é ser campeão, temos que nos cuidar apenas com os imprevistos”, afirma o presidente da Imperadores do Samba, Luis Carlos Amorim. A escola, que conta neste ano com dois mil integrantes, divididos em 21 alas, homenageará o senador Paulo Paim, natural de Caxias do Sul, na região Nordeste do Estado. Com o tema Imperadores Apresenta Paulo Paim: um Leão na Luta, que Faz o Bem Sem olhar a Quem, a escola fará uma alusão entre o seu símbolo, dois leões, e o senador, que será também retratado como um leão. “Contaremos desde a infância de Paim, passando pelo seu trabalho em uma fábrica de vasos e também em uma metalúrgica, até a sua chegada em Brasília. Ele confirmou presença no desfile”, conta o carnavalesco Sílvio de Oliveira. O samba-enredo, interpretado por Vinícius Machado, aborda a coragem, o carinho e a paixão do homenageado. De acordo com Oliveira, em um dos carros serão contadas as viagens de Paim pelo mundo, com enfoque principalmente na África. A escola, fundada em 1959 e a segunda com mais vitórias do Grupo Especial, terá cinco alegorias e promete fazer uma apresentação surpreendente tanto nos carros quanto no chão. “Nós daremos uma cara nova para o Carnaval de Porto Alegre”, relata Oliveira. Segundo o carnavalesco, que trabalha há quatro anos na entidade, a Imperadores optou pela mão de obra gaúcha na hora da confecção de seus destaques. No barracão, 12 pessoas trabalham com materiais comprados no Vale do Sinos.