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16.Abril
Regularização de terras é parte da dívida com negros

Os expositores da audiência defenderam que a regularização das terras ocupadas por descendentes de escravos é uma forma de pagar a dívida que o Estado tem com o negro. Segundo o presidente da Fundação Palmares, Eloi Ferreira, a abolição da escravidão não incluiu o acesso à terra para os ex-escravos, em contraste com o tratamento dado aos imigrantes europeus. — A lei não acomodava a inclusão da ­população de ex-escravos nas oportunidades de acesso aos bens econômicos e sociais do capitalismo — criticou. Ferreira contestou informações de que os quilombolas estão recebendo "terras imensas". Segundo ele, o total das áreas não chega a 1% dos cinco maiores latifúndios do país. Ivo Fonseca, que lidera a Coordenação ­Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), disse que o povo negro sempre foi cerceado por uma "legislação racista". — Não podemos desistir de lutar contra o esforço dos que agem para que as comunidades fiquem de lado — disse. Fonte: Jornal do Senado