Mesmo que no bolso do aposentado o aumento de 7,71% aprovado pela Câmara não seja dos maiores, houve comemoração. Para a Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do RS (Fetapergs), a aprovação não foi uma surpresa, mas resultado de um grande acordo entre os parlamentares, centrais sindicais e instituições como a Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas. "Estivemos presentes nas discussões das últimas semanas, em Brasília, com 15 líderes da base governista na Câmara e no Senado, e acreditamos que o presidente Lula não vai vetar esse percentual", assinalou o presidente da Fetapergs, Osvaldo Fauerharmel. Ele acredita haver a possibilidade de veto só na questão do fim do fator previdenciário. Segundo Fauer-harmel, não existe nova regra, só a extinção do mecanismo, até 31 de dezembro. "O governo até pode entender que seria necessário o estabelecimento de novos critérios e, por isso, optar por vetar a decisão." Depois de ver aprovado o aumento para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo e o fim do fator previdenciário, o senador Paulo Paim comemorou. "Há dois anos, consegui a aprovação do mecanismo de reajuste com 100% do PIB mais a inflação, e agora que consolidou-se a ideia dos 80%, não acredito que os senadores voltem atrás", enfatizou o parlamentar. Para Paim, o presidente Lula não deverá vetar o índice de aumento, embora o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tenha afirmado que não haveria condições de pagar os 7,71%. "O custo do fim do fator previdenciário não fará com que os gastos da Previdência ultrapassem R$ 1 bilhão anual", calculou. Fonte: Correio do Povo