O senador Paulo Paim (PT-RS) revelou no plenário do Senado que o ex-delegado do DOPS no Espírito Santo, Cláudio Guerra, teria sofrido um atentado na manhã desta quarta-feira (16). O ex-delegado revelou no livro Memórias de uma Guerra Suja, dos jornalistas Rogério Medeiros e Marcelo Netto, supostos crimes cometidos pela ditadura militar, como a incineração de corpos de militantes de esquerda em uma usina de cana-de-açúcar.A informação foi passada ao senador pelos autores do livro. Três homens teriam cercado a casa geriátrica, no interior do Espírito Santo, onde mora Guerra e disparado tiros. Paim havia convidado os jornalistas e o ex-delegado a falarem na Comissão de Direitos Humanos do Senado nesta quinta-feira (17). Ele acredita que o atentado pode ter relação com a convocação. O senador considera também que Guerra pode ser um instrumento importante para a Comissão da Verdade, que foi instalada nesta quarta.No plenário, o petista fez um apelo para que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, garanta a segurança ao ex-delegado. “Considero da maior gravidade a tentativa de assassinato, porque ele é um arquivo vivo dos crimes que ele mesmo cometeu. Li no livro que a responsabilidade dele, na ditadura, era matar, inclusive, enquanto outros torturavam. Por isso, aproveito este momento para, mais uma vez, fazer um apelo ao ministro da Justiça para que se dê a devida segurança para que ele possa depor na Comissão da Verdade e esses fatos todos possam ser esclarecidos”, pediu o senador.Com informações da Agência Senado, IG e Revista Brasileiros Fonte:SUL 21