Após ser modificado na Câmara, o projeto que exige o ensino da língua brasileira de sinais (Libras, usada por pessoas surdas) na educação básica avança no Senado. A proposta foi aprovada na Comissão de Direitos Humanos ontem e agora será enviada à Comissão de Educação.O texto teve origem no PLS 180/04, da então senadora Ideli Salvatti. Com as alterações feitas na Câmara, foi transformado em substitutivo. As mudanças ampliaram o foco da proposta, exigindo também o ensino do sistema braile (para cegos) e do tadoma (para pessoas que são simultaneamente surdas e cegas). O substitutivo também acaba com a possibilidade de segregação dos alunos com deficiência em classes ou escolas especiais. A medida teve o apoio de Cristovam Buarque (PDT-DF), relator da matéria na CDH. Ele argumenta que esse tipo de segregação é “contraditório com a ideia de inclusão ampla”. Wellington Dias (PT-PI) também apoiou. Ele, que atuou ontem como relator ad hoc, disse que a iniciativa é “revolucionária, pois exige que o ensino das línguas se estenda às pessoas que estão no entorno dos alunos com necessidades especiais”. Jornal do Senado (Reprodução autorizada mediante citação do Jornal do Senado)