O segundo semestre de 2012 irá durar duas semanas no Congresso. Segundo o senador Paulo Paim (PT-RS), os últimos seis meses do ano irão durar apenas uma semana em agosto e outra em setembro no Congresso e, se houver segundo turno nas capitais, uma semana em outubro. “Não vai acontecer nada no segundo semestre. Vão votar o orçamento, e talvez a gente consiga emplacar uma política de aumento real para as aposentadorias”, disse o senador. Mas ele tem esperança de conseguir o fim do fator previdenciário até novembro. “Considero de bom tamanho garantir o fim do fator até o fim do ano.” Paim também citou a discussão sobre as cotas nas universidades federais, que reservam 50% das vagas para alunos das escolas públicas. Mas não tem mais esperança do que isso. “Todo mundo vai se envolver nas eleições, faz parte do processo.” Aumentando a transparência Se o segundo semestre vai ser parado, de acordo com Paulo Paim, o Congresso fez por merecer. Pois na primeira metade de 2012, os trabalhos foram intensos. “Debatemos temas importantes, como o Código Florestal e o Plano Brasil Maior, que apontou caminhos para fortalecer mais ainda o mercado interno e as empresas nacionais”, disse. Além disso, Paim apontou a CPMI do Cachoeira, que “não foi além do que a Polícia Federal já tinha descoberto”, e a cassação de Demóstenes Torres como momentos marcantes. Coragem de Dilma No quadro maior, Paim destacou a queda nas taxas de juros. “Todo mundo reclamava, mas ninguém fazia nada. A presidente Dilma Rousseff (PT) combateu os juros altos e venceu. Hoje, temos a menor taxa em 20 anos. É só ir ao Banco do Brasil ou à Caixa Econômica para ver”, disse. Segundo ele, Dilma é a única presidente que teve coragem de “bater de frente” com os bancos, operadoras de seguros e telefônicas. O senador também destacou o aumento do salário mínimo. “Com a política de aumento, o mínimo está quase perto da meta de US$ 1 mil. E não tem mais aquela peleia de antes, que era bastante desgastante”. Paim também citou a aposentadoria especial de portadores de deficiência como um ponto alto.Falta independência Paim não está satisfeito com a falta de independência do Congresso Nacional. “Eu espero que o Congresso avance com mais independência do Executivo”, disse. Mas ele está satisfeito com o próprio trabalho. De acordo com o senador, a comissão que ele preside, a de Direitos Humanos, teve mais de 60 audiências públicas e votou cerca de 50 projetos neste primeiro semestre.