Fonte: Edgar Lisboa O senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou, nesta quarta-feira (8), a aprovação do projeto de lei que institui política de cotas em universidades federais.  O PLC 180/2008 assegura metade das vagas por curso e turno dessas instituições a estudantes que tenham feito o ensino médio em escolas da rede pública. Dentro dessa cota mínima de 50%, haverá a distribuição entre negros, pardos e indígenas, proporcional à composição da população em cada estado. O senador ressaltou que 90% da juventude brasileira estuda em escolas públicas porque não podem pagar escola particular e, por isso, o projeto faz justiça ao garantir o direito de frequentarem universidades públicas. - A universidade pública tem que ser para todos, mas a lógica se inverte. Quem estuda na escola pública se vê obrigado a ir para universidade privada e quem estuda em escola particular acaba conseguindo vaga na universidade pública – disse. Paim lembrou que o projeto aprovado é uma fusão de vários projetos anteriores que já abordavam o tema e agradeceu a todas as pessoas que se empenharam para essa conquista histórica. Ele mencionou países que já adotam o sistema de cotas, como México, Estados Unidos, Índia e Colômbia. O senador acredita que as cotas vão colaborar inclusive para diminuir a violência no país já que permitirão uma distribuição de renda igualitária entre a sociedade. Ele informou que a Universidade de Brasília (Unb) foi a primeira a instituir a política de cotas e que 70 das 98 universidades federais brasileiras já aplicam algum método de inclusão via o sistema de cotas. Paulo Paim destacou também a importância da aprovação da PEC dos defensores públicos, da PEC dos garçons e da PEC dos jornalistas. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)