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07.Novembro
Senado na campanha Igualdade Racial é pra Valer

Ministra da Igualdade Racial participa de ação conjunta com o Senado na campanha "Igualdade Racial é pra Valer" Com a presença da ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, do senador Paulo Paim (PT-RS), e das deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Janete Rocha Pietá (PT-SP), o presidente Sarney assinou plano de trabalho do acordo de adesão do Senado Federal à campanha "Igualdade Racial é pra Valer". A diretora-geral do Senado, Dóris Peixoto, também participou do evento. No seu discurso, Sarney destacou, já como resultado do trabalho conjunto com a Secretaria de Igualdade Racial, os dados da pesquisa do Data Senado sobre a percepção da violência a partir do fato revelado já em 2010 de que no Brasil, a maioria dos homicídios atingiu jovens entre 15 e 29 anos e 75% desses jovens eram negros. Para investigar a opinião popular sobre as causas da violência - quem são as pessoas mais vulneráveis e qual é a experiência pessoal dos entrevistados em relação ao racismo, o DataSenado entrevistou 1.234 pessoas de 123 municípios do país, incluindo todas as capitais, de 1º e 11 de outubro último. "Os resultados desse levantamento permitem identificar discrepâncias entre as opiniões captadas e as estatísticas oficiais", explicou a ministra Luiza Bairros. De acordo com o Mapa da Violência no Brasil, em 2010, foram assassinados 33.264 afrodescendentes, contra 13.668 brancos, uma diferença de mais de 140%. Entretanto a pesquisa revela como percepção dominante que brancos e negros morrem na mesma proporção, enquanto apenas uma pequena minoria — 2,4% — atribui a violência contra o negro à discriminação racial. O presidente do Senado rememorou fatos de sua militância pela causa dos negros. Lembrou que, como Presidente da República, criou a Fundação Palmares, tombou (declarou sob proteção do Estado por seu valor histórico) a Serra da Barriga e rompeu relações culturais e esportivas com a África do Sul enquanto lá existisse o apartheid. Contra o regime de apartheid da África do Sul, Sarney recordou que fez pronunciamento na Assembleia Geral da ONU como representante brasileiro. Ainda registrou que, desde seu primeiro mandato no Congresso Nacional, apoiou todos os movimentos a favor da igualdade racial. Ressaltou sua participação na aprovação da Lei Afonso Arinos, a primeira a criminalizar a discriminação racial no Brasil. Pesquisa Ao comentar o trabalho do Data Senado, coordenado pela pesquisadora Elga Teixeira Lopes, Sarney disse que os dados desse trabalho revelam como a sociedade brasileira não se dar conta da seriedade da situação do racismo. "Apenas metade da população acredita que ser negro ou ser branco afeta a vida de uma pessoa no Brasil. Menos de 22% dos negros declara que se sentiu discriminado por sua cor ou raça." E prosseguiu: "Infelizmente sabemos que a realidade conflita com esta percepção. É verdade que a exclusão dos negros e da comunidade negra coincide em grande parte com a dos pobres. Mas, mesmo que superpostas, elas não podem ser confundidas. Os negros, entre os pobres, são os mais pobres; entre os que têm dificuldade de acesso à educação, os que têm mais dificuldade; entre os doentes, os mais graves; entre os que morrem vítima de violência, a ampla maioria." A pesquisa é a primeira ação da parceria entre o Senado e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), motivada justamente pela violência revelada nos números oficiais e parte da campanha "Igualdade Racial é Pra Valer". Lançada em março de 2011 pela ministra da SEPPIR, Luiza Bairros, a campanha quer reforçar – ou despertar - a consciência social para o problema da discriminação e incentivar iniciativas do Estado, do setor privado e da sociedade civil que contribuam para o respeito às diferenças. Mais informações Senado adere à campanha 'Igualdade racial é para valer" Violência contra jovens negros motiva parceria Senado e Secretaria da Igualdade Racial Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado