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19.Novembro
Aposentados cobram votação de projeto sobre fator previdenciário

Nova versão de texto sobre cálculo de tempo para aposentadoria integral deve ser votada nesta semana pela Câmara. Se aprovada, proposição volta para o Senado ainda este ano, conforme informou ontem em audiência pública Paulo Paim, autor do texto original VEJA MAIS Participantes de debate dizem que desoneração na indústria é “caridade com o dinheiro alheio”   Paim pede aos deputados que aprovem fim do fator previdenciário nesta semana   Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH), ontem, ­representantes de aposentados e pensionistas cobraram uma solução para a questão do fator previdenciário. O mecanismo reduz o valor do benefício para quem se aposenta antes da idade mínima estipulada em lei (65 anos para homens e 60 anos para mulheres). Alvo de duras críticas da categoria, o fator previdenciário chegou a ser derrubado pelo Congresso há dois anos, mas a decisão foi vetada pelo governo federal. Uma nova versão do projeto, de Paulo Paim (PT-RS), deve ser votada esta semana pela Câmara. Entre representantes de aposentados, de trabalhadores e do governo, Paim (3º à esq.) defende a aprovação da proposta Paim, que é presidente da CDH, explicou que a fórmula mais próxima de um entendimento na Câmara é a que vem sendo chamada de 85/95. De acordo com a proposta, baseada no substitutivo do então deputado Pepe Vargas, a aposentadoria sem cortes aconteceria quando a soma da idade e dos anos de contribuição atingisse 85, no caso das mulheres, e 95, no caso dos homens. — Não é o ideal, mas pior que o atual fator previdenciário não existe — disse Paim. Promessa O presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins Gonçalles, afirmou que o presidente da Câmara, Marco Maia, garantiu que o projeto seria votado logo após as eleições municipais. — Se ele não cumprir a palavra, terá enganado os aposentados e pensionistas — disse o sindicalista. Gonçalles pediu que não apenas aposentados e ­pensionistas se mobilizem para pressionar pela votação, mas também os trabalhadores da ativa, que, conforme salientou, serão tão prejudicados pelo fator previdenciário no futuro quanto os atuais ­aposentados são atualmente. — O fator previdenciário também é problema do trabalhador de hoje e só vai ter fim se as centrais sindicais se reunirem com a Cobap — ­reforçou Gonçalles. Paim observou que, aprovado na Câmara, o projeto voltará ao Senado ainda este ano. Ele confirmou que se esforçará pela aprovação. — Nem que eu tenha que entrar em greve de fome aqui, vão ter que aprovar — disse. Jornal do Senado (Reprodução autorizada mediante citação do Jornal do Senado)