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26.Novembro
Paim teme que socorro a municípios traga prejuízos à Previdência

Apesar de reconhecer a importância da ajuda do governo federal aos prefeitos que precisam saldar as dívidas de seus municípios, Paulo Paim (PT-RS) lamentou que o socorro oferecido seja baseado no parcelamento de dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).— Pela ajuda até agora anunciada pelo governo, com a Medida Provisória 589/12, vemos mais uma vez a Previdência sendo chamada a pagar a conta. Mais uma vez o dinheiro sai e não volta para a Previdência, e, depois, se repete a antiga cantilena de que não há dinheiro para pagar os aposentados — disse.O senador salientou que o rombo nas contas das prefeituras é causado não só pelo aumento de despesas, mas também pelas desonerações concedidas pela União, que atingem o FPM.— Os prefeitos vêm vocalizando a precariedade das contas municipais, a quase impossibilidade da gestão, há muito tempo, em alto e bom som — disse.De acordo com Paim, as mobilizações realizadas anualmente mostram que o país não foi pego de surpresa pela a situação dos municípios. Ele avalia que mais de 2.500  prefeitos não conseguirão fechar as contas no fim do ano, quando se encerram seus mandatos, “o que não se justifica em um país que cresce como o Brasil”.— Ao dano administrativo, ao prejuízo econômico-financeiro, à estagnação do serviço ao cidadão, soma-se agora o constrangimento político — lamentou.Paim elogiou o trabalho realizado pela Comissão do Pacto Federativo, que já entregou o relatório ao presidente do Senado, José Sarney. São nove proposições, que já tramitam na casa. No entanto, na opinião do senador, apesar de a iniciativa ser louvável e ter potencial para trazer equilíbrio às finanças municipais, não haverá resultados em curto prazo, como exige a situação das prefeituras.Jornal do Senado