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29.Maio
A favor do fim do fator previdenciário

Por Senador Paulo PaimRio - O Senado Federal manteve a coerência e aprovou o reajuste de 7,7% para aposentados que ganham mais que um salário mínimo e o fim do fator previdenciário. Não aceitamos o que alguns “especialistas” vêm jogando ao vento. Chegam a falar que os gastos da Previdência podem ir de R$ 4 a R$ 175 bilhões.  A Seguridade não é deficitária. Segundo estudo da Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) e da Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap), em 2009 a pasta teve superávit de R$ 21 bilhões, e a Previdência, de R$ 4 bilhões.  Já o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) diz que neste semestre foram pagos a aposentadorias e pensões R$ 51,4 bilhões. Os 30,25% que ganham acima do mínimo somaram R$ 15,5 bi.  A diferença entre os 6,14% de reajuste oferecido pelo governo e os 7,7% aprovados é de 1,58%, impacto mensal de R$ 81,9 milhões e de R$ 982,7 milhões em 12 meses. Já a arrecadação líquida no primeiro bimestre registrou aumento de 15,8% em relação ao ano passado.  Segundo as Metas Fiscais da LDO, as renúncias previdenciárias para 2010 são de R$ 18,9 bilhões. Para 2011, estima-se o valor de R$ 18,6 bilhões. Isso representa o que o governo deixa de arrecadar. Portanto, o impacto da diferença do reajuste representa 5,19% das renúncias.  Outro absurdo é dizer que o fator não atinge os baixos salários. A maioria recebe até quatro mínimos e perde de 35% (homens) a 40% (mulheres) de seus benefícios. Segundo o governo, a economia com o fator em 10 anos foi de R$ 10 bilhões, ou seja, R$ 1 bi por ano.  No meu Rio Grande se diz que o tempo é senhor da verdade. Espero que os ventos do Sul iluminem a cabeça desses “especialistas”.  Fonte: O DIA.