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26.Março
Militares se queixam de defasagem de salários

Oficiais da ativa e da reserva disseram que problemas começaram em 2001, com medida provisória que cortou benefícios e adicionais salariais. Militar com 30 anos de trabalho pode ganhar R$ 2.700 Representantes dos militares ativos e aposentados lotam asala onde ocorreu debate da CDH a pedido do senador Paim Em audiência na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, representantes dos militares ativos e aposentados debateram a defasagem na remuneração do setor. Ao final da audiência, Paulo Paim (PT-RS), que a presidiu, prometeu encaminhar um documento com o pedido da categoria às autoridades competentes. Para os participantes da audiência, desde a edição da Medida Provisória 2.215/2001, a situação dos militares se deteriora progressivamente. A MP acabou com o adicional de inatividade, o “posto acima” (promoção que o militar recebia ao passar para a reserva), o auxílio-moradia e a licença-prêmio. — Além dessas questões aqui citadas, nós ficamos dez anos sem um real de aumento — afirmou o presidente da Associação dos Militares da Reserva, Reformados e Pensionistas das Forças Armadas, Genivaldo da Silva. Ele informou que um segundo-sargento das Forças Armadas ganha R$ 2.700, com 30 anos de serviço. Um capitão das Forças Armadas, R$ 5.300 — salário considerado baixo se comparado a outras categorias. — Ganha menos do que um soldado da Polícia Militar do Distrito Federal e dos Bombeiros. Nós tiramos o chapéu para eles, mas não podemos ganhar menos do que eles. Outra reclamação recorrente foi o salário-família que os ­ ­militares recebem para ajudar no custeio da educação dos dependentes, no valor de R$ 0,16 por filho. A presidente da Federação da Família Militar — Mulher-DF, Rita ­Deinstmann, comparou o benefício ao que recebe a família de um presidiário. — Por que o dependente de um presidiário recebe R$ 915 e nós recebemos R$ 0,16? É uma vergonha! — reclamou. Para Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), a valorização da categoria deve ser uma questão de interesse nacional. Segundo ele, a defesa de riquezas como a Amazônia e o pré-sal é um imenso desafio para o Brasil. — Hoje vivemos num ambiente de paz, mas sabemos que não se pode descuidar da eventualidade de o Brasil ter que defender seu território ou suas riquezas. Jornal do Senado