Wellington Dias ponderou que seria arriscada uma votação classificada por ele de “atropelada” do Estatuto da Juventude, pois o projeto poderia ser derrotado em Plenário. O líder do governo assinalou que ainda havia ressalvas a pontos do texto que interferem nas atividades das empresas de comunicação.Quanto a esse setor de atividade, Paulo Paim explicou depois que já conseguiu um entendimento para a definição do texto. Haverá a previsão de uma “política de incentivo” para oferta de programas ao público juvenil no lugar de reserva de tempo da programação das emissoras, segundo informou o senador.— Havia uma redação que engessava a atividade, ao obrigar os meios de comunicação a ter programas que, segundo alguns, poderiam chegar a cinco horas diárias, inviabilizando o próprio sistema de comunicação — observou.Sobre a aplicabilidade das normas em votação para a faixa etária entre 15 e 29 anos, havia a alegação de que a junção do Estatuto da Criança e do Adolescente com a faixa inicial do Estatuto da Juventude poderia até servir de argumento para os defensores da redução da idade penal, que se inicia aos 18 anos.— Fizemos ajustes de tal forma que um estatuto não prejudicará o outro, os dois se completam — afirmou Paim.Jornal do Senado