A pedido dos senadores, Paulo Paim, Pedro Simon e Sérgio Zambiasi, foi realizada hoje (17) uma audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, na qual foi debatida a questão dos arrozeiros do Rio Grande do Sul. Estiveram presentes na audiência, representantes do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) defendendo as reivindicações dos agricultores. A situação é delicada, pois o Brasil é auto-suficiente na produção de arroz e hoje está em crise. Segundo os expositores é necessário que as medidas reivindicadas no movimento “tratoraço” sejam colocadas em prática. De acordo com os representantes do setor estima-se para a próxima safra a redução da área cultivada, maiores endividamentos e uma alta taxa de desemprego. O quadro deveria ser outro, pois o excedente do arroz se aproxima a 2 milhões de toneladas para a exportação, não sendo necessária à importação desse grão. Na audiência foi debatida a possibilidade de se realizar ações práticas que identifiquem as propostas, os problemas e as reivindicações dos produtores. E que se busquem soluções imediatas. Para o senador Paulo Paim é fundamental que se adote medidas emergenciais. “Defendo que sejam adotadas ações práticas, como um maior apoio à comercialização do arroz, refinanciamento das dívidas e ampliação das linhas de crédito”, afirmou Paim. O parlamentar acrescentou que esta é uma causa pela qual se apaixonou. Segundo Paim ela é baseada na seriedade e grandiosidade do trabalho dos agricultores e de seus representantes. Segundo os rizicultores é necessário um trabalho em conjunto com as diversas áreas do governo. Umas das reivindicações colocadas na audiência foram com relação aos estímulos para as exportações e inclusão do grão em acordos internacionais.