Da Redação Em sessão encerrada há pouco, o Congresso Nacional celebrou os 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entre os que homenagearam a legislação trabalhista estavam os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Fernando Collor (PTB-AL), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Paulo Paim (PT-RS). Para Paulo Paim, que solicitou e conduziu a sessão de homenagem, a CLT garante mais equilíbrio \\\\\\\"à relação sempre injusta e desigual entre capital e trabalho\\\\\\\". Ao criticar as tentativas de \\\\\\\"flexibilização\\\\\\\" dessa legislação, ele ressaltou que \\\\\\\"nem a ditadura teve coragem de mutilar a CLT\\\\\\\". Segundo Paim, muitas dessas propostas representam um retrocesso social \\\\\\\"sob o pretexto da promoção da competitividade nos empreendimentos econômicos\\\\\\\". Um dos primeiros a falar na sessão, Mozarildo declarou que a CLT possui uma \\\\\\\"importância inegável não apenas por ser um marco jurídico formal do ponto de vista dos direitos trabalhistas, mas também porque, após 70 anos, continua impressionantemente atual\\\\\\\". – Ela prevê a irredutibilidade dos direitos sociais frente à economia, em nome da valorização do trabalho e do respeito à dignidade humana – ressaltou. Collor disse que o ano de 1943, quando foi criada a CLT, \\\\\\\"marca o início do respeito das relações trabalhistas no Brasil\\\\\\\". Também lembrou que seu avô, Lindolfo Collor, participou da Revolução de 1930 com Getúlio Vargas e foi o primeiro ministro do Trabalho do país. – Como neto de Lindolfo Collor, sinto-me orgulhoso de trazer em meu DNA o compromisso com o trabalhismo - afirmou. Lindolfo Collor também foi citado por Cristovam Buarque, que o chamou de \\\\\\\"grande artífice da CLT\\\\\\\". Cristovam defendeu um projeto de lei de sua autoria: a cada sete anos de trabalho, o trabalhador brasileiro teria direito a uma licença para se aprimorar na sua profissão ou em outra. Dessa forma, argumentou, \\\\\\\"o aprimoramento da CLT aconteceria pelo aprimoramento dos trabalhadores\\\\\\\". Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado) Congresso comemora os 70 anos da CLT Da Redação Acontece neste momento, no Plenário do Senado, homenagem à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/1943), a legislação trabalhista, que completou 70 anos. A homenagem foi solicitada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP). Entre os convidados, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Carlos Alberto Reis de Paula, e representantes de associações de trabalhadores. Em entrevista à TV Senado, Paulo Paim disse que a CLT \\\\\\\\\\\\\\\"foi criada durante o governo de Getúlio Vargas para atenuar os conflitos entre capital e trabalho, e continua sendo, nos dias atuais, a grande bíblia do mundo do trabalho no Brasil\\\\\\\\\\\\\\\". – O que foi assegurado lá [na época da criação da CLT] até hoje é mantido em grande parte – ressaltou. Ao reiterar que é \\\\\\\\\\\\\\\"um defesor intransigente da CLT\\\\\\\\\\\\\\\", o senador negou que ela tenha um caráter \\\\\\\\\\\\\\\"pelego\\\\\\\\\\\\\\\" e criticou as tentativas de \\\\\\\\\\\\\\\"flexibilização\\\\\\\\\\\\\\\" dessa legislação. A homenagem que acontece agora no Plenário do Senado pode ser acompanhada pela página da TV Senado. Mais informações a seguir Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)