O senador Paulo Paim se reuniu hoje (18) com o vice-presidente, José Alencar, o ministro das Cidades, Olívio Dutra e os deputados federais Beto Albuquerque e Henrique Fontana . Um dos pontos discutidos foi à questão do arroz. Os parlamentares foram unânimes em apoiar as reivindicações do setor. A situação no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso, permanece ainda acumulando grandes prejuízos. As questões da tributação e da importação do arroz do Mercosul, entre outras antigas reivindicações, acabaram resultando na quebra da safra. O grão que vem do Mercosul, principalmente da Argentina e do Uruguai entra no Brasil com uma tributação muito pequena. Isso possibilita a comercialização com preço bem inferior ao grão nacional. Outro ponto reivindicado pelo setor é a questão da baixa fiscalização. O arroz importando entra no país com uma pesagem camuflada. De acordo com o senador Paulo Paim a situação da fiscalização deve ser prioritária. Não podemos permitir que 100 toneladas de arroz, na hora da pesagem, se transformem em 50 toneladas. De acordo com o parlamentar isso favorece a concorrência desleal e a desvalorização do grão brasileiro. A produção do arroz nacional movimenta a economia do Rio Grande do Sul e representa 40% da produção do estado. A situação dos produtores ainda permanece com pouca visibilidade. Um dado que contrapõe essa situação é o da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a qual afirma que o Brasil possui excedentes de arroz, não precisando, então, importar nenhum grão. O fim das vantagens tributárias para o arroz da Argentina e do Uruguai é um consenso entre os arrozeiros. De acordo com Paim esse é o caminho para minimizar o quadro de prejuízos: impor salvaguarda ao grão nacional, acabando com a concorrência desleal e valorizar o nosso arroz. Só no Rio Grande do Sul a produção do grão gera em torno de 300 mil empregos e 20 mil produtores.