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01.Maio
Paim: homenagear trabalhador é garantir conquistas à categoria - Agência Senado

O senador Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento para a realização da sessão em homenagem ao Dia Mundial do Trabalho, afirmou que é preciso refletir sobre o que os trabalhadores pensam, sonham, querem e não querem. - Nós sonhamos com a data em que 1º de maio não se torne um dia de festa ou de protesto, mas sim de reflexão sobre as conquistas alcançadas pelos trabalhadores - afirmou. O parlamentar lembrou que o Brasil foi o último país a abolir a escravatura, mas que a verdadeira carta de alforria não veio em 13 de maio de 1888, já que o Brasil ainda figura na Organização Internacional do Trabalho (OIT) como um dos países que convivem com o trabalho escravo e infantil. - A melhor forma de homenagear o trabalhador, em nome da geração passada, presente e futura é vocês deliberarem de forma urgente sobre o Estatuto da Igualdade Racial - disse aos senadores, ao lembrar ainda que há outros estatutos que também precisam ser aprovados. Ele citou como exemplo o do Índio, o das Mulheres e o das Pessoas com Deficiência. Homenagear o trabalhador é, segundo Paim, implementar a reforma agrária, diminuir a taxa de juros, investir na produção e no emprego e dizer não à especulação financeira. Com relação à política salarial, o senador afirmou que homenagear o trabalhador é elevar o salário mínimo e garantir o mesmo percentual de reajuste aos aposentados e pensionistas. - Homenagear o trabalhador é instalar a Comissão Mista aprovada pelo Congresso Nacional que pode assegurar uma política de reajuste permanente e decente para o salário mínimo e para os benefícios dos aposentados e pensionistas - destacou. No discurso, Paim também afirmou que homenagear o trabalhador é garantir ensino profissionalizante e universidade aos jovens, mas também não se esquecer dos desempregados com mais de 40 anos, que são discriminados pela idade. - O desemprego desestrutura e agride de forma violenta as famílias, ferindo a auto-estima de milhões de brasileiros - alertou. Paim lembrou ainda que as vitórias alcançadas pelos trabalhadores foram fruto de muita rebeldia de pessoas como Tiradentes e Nelson Mandella. Na década de 70 e 80, no Brasil, foi a rebeldia do povo, segundo o senador, que acabou com a ditadura e trouxe de volta a democracia. - É esta rebeldia que impede que esqueçamos de olhar para trás. É preciso sim olhar para trás, pois o povo que esquece seu passado, que não tem olhos para ele, não tem presente e não terá futuro - afirmou.