Educação e racismo; discriminação no mercado de trabalho; situação das comunidades remanescentes de quilombos e Estatuto da Igualdade Racial. Esses foram os temas que permearam as discussões da I ª Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial que aconteceu nos dias 27, 28 e 29 de maio, em Porto Alegre (RS). O evento faz parte do calendário da Iª Conferência Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, traçado pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), liderada pela ministra Matilde Ribeiro, e pelo Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR). A idéia do governo federal é, a partir de conferências regionais, discutir e encaminhar políticas que promovam a igualdade étnica. Após os debates nos estados, as idéias serão debatidas em Brasília, entre os dias 30 de junho e 2 de julho. O tema da Conferência nacional é o mesmo das estaduais: “Estado e Sociedade Promovendo a Igualdade Racial”. Na avaliação do senador Paulo Paim – autor do estatuto da Igualdade Racial - os debates na capital gaúcha foram muito proveitosos. “O p lenário da assembléia estava lotado. Eram pessoas, brancas e negras, unidas por um mesmo ideal: o fim dos preconceitos”, disse. O parlamentar acredita que os resultados colherão frutos nas discussões que acontecerão em Brasília, mas também na Marcha Zumbi + 10. Em sua participação no evento em Porto Alegre, Paim foi enfático: “o Ano da Igualdade Racial só terá sentido se o Congresso Nacional aprovar o Estatuto da Igualdade Racial. Tenho certeza que se isso acontecer, o presidente Lula irá sancioná-lo”.