A grande movimentação em Porto Alegre leva Paim novamente à plenário para debater a questão dos arrozeiros no Rio Grande do Sul. Hoje (31), o parlamentar foi a plenário mais uma vez para solicitar que as reivindicações dos arrozeiros sejam aceitas. Os arrozeiros fizeram parte, em Porto Alegre, do palco de uma das maiores manifestações de produtores rurais do Estado. De acordo com Paim a manifestação movimentou “cerca de 3,5 mil agricultores que saíram de Esteio e percorreram 30 quilômetros até à capital gaúcha”. Segundo o parlamentar foram quase 500 tratores, mais de 200 caminhões e 80 ônibus que se mobilizaram em várias cidades do interior. Mesmo o Brasil sendo auto-suficiente na produção de arroz, segundo a Conab, órgão do Governo Federal e o grão representando cerca de 40% da produção do Estado, os arrozeiros gaúchos ainda atravessam uma das piores crises da sua história. Hoje o arroz brasileiro é comercializado muito abaixo do custo de produção, com prejuízos enormes devido ao ingresso indiscriminado de excedentes arrozeiros do Mercosul. Em março, por exemplo, a importação do grão do Mercosul pelo Brasil bateu o recorde de 80 mil toneladas. De acordo com o senador Paulo Paim a fiscalização é precária. “Não há pesagem para a entrada de arroz oriundo da Argentina e do Uruguai. A carga é maior do que o registrado na documentação fiscal”. O custo do implemento agrícola também é maior devido à alta tributação brasileira. O país acaba exportando colheitadeiras a um preço inferior ao praticado no mercado interno. Paim ressalta ainda que a situação mais preocupante é em relação aos trabalhadores. “A crise no setor orizicola reflete na economia do Estado, do Brasil e principalmente nos 300 mil empregos diretos e nos 20 mil empregos indiretos que essa produção proporciona” afirmou o parlamentar.