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20.Junho
Apoio no Congresso

No Congresso, parlamentares mostraram apoio aos manifestantes. O gaúcho Paulo Paim (PT) criticou as prisões de manifestantes. “Não me venham com a ideia de criminalizar as manifestações. Deixem a juventude mostrar ao País com que cores quer pintar a aquarela brasileira”, afirmou. “O preço do transporte é uma das válvulas de escape da indignação com muitas causas de quem está na rua. Vejo a repulsa desse movimento à política tradicional.” Manifestações Brasil aforaNa última semana, o Brasil foi sacudido por diversas manifestações. O estopim foi o aumento da passagem de ônibus em São Paulo. Com o mote “Não são apenas 20 centavos”, além de se posicionar contra o preço do transporte público, os protestos criticaram tudo, passando pela condução da política brasileira, a corrupção, os gastos públicos com as obras para as copas das Confederações e do Mundo de 2014. O movimento, que não tem lideranças e nem agendas claras, recebeu afagos de todos os lados e chamou a atenção do governo. “Surgiram cidadãos que querem mais e que têm direito a mais. Sim, todos nós estamos diante de novos desafios”, afirmou a presidente Dilma Rousseff (PT). Em reunião com senadores, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, admitiu que as manifestações podem mudar as prioridades do governo. “São outras demandas que vão se apresentando e se olha para questões que antes nem se olhava, porque não se tinha o emprego e a alimentação”, disse. Na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, a proposta que quer diminuir os preços das tarifas cobradas dos usuários do transporte público por meio da redução da carga tributária incidente foi colocada em pauta.Efeitos nas cidadesNos municípios, os protestos já surtiram efeitos. Em Porto Alegre, o prefeito José Fortunati (PDT) anunciou a redução do preço da passagem com a isenção do ISS. Fortunati é um dos maiores defensores da desoneração do transporte público, tem apoio de parlamentares e discute com o governo há algum tempo a retirada de impostos das passagens. Pelotas e Cuiabá (MT) também anunciaram a redução da passagem. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que também é um dos articuladores da desoneração do transporte público, afirmou que não tem como diminuir o preço da passagem.JORNAL do COMÉRCIO – Edgar Lisboa