Paulo Paim (PT-RS) considera que o Mercosul deve se aproximar da Aliança do Pacífico, bloco comercial formado em 2012 por Chile, Colômbia, México e Peru. Para ele, é um equívoco considerar o bloco uma ameaça ao Mercosul.— A relação deve ser de aproximação e diálogo diplomático. Não nos interessam confronto e distanciamento e não interessa a nenhum país, desse ou daquele bloco, crescer sozinho, tanto por solidariedade como pela sustentabilidade da região — afirmou.Nos últimos meses, analistas têm apontado impactos sobre o Mercosul, uma vez que os quatro países da Aliança do Pacífico representam juntos 36% do PIB da América Latina e exportam mais que o bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.— O Mercosul tem boas razões para se preocupar com a possibilidade de esvaziamento, caso não reflita sobre seu projeto político e não supere os impasses da sua agenda comercial e econômica — disse Paim, ao sugerir a definição de novas estratégias para o Mercosul, sem deixar que isso se confunda com receio pelo novo bloco.Para tratar do tema, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deverá participar de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores (CRE), em data ainda a ser marcada.Jornal do Senado