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03.Fevereiro
Paim: setor calçadista necessita de investimentos

O declínio das exportações e o aumento do desemprego, são resultados da situação atual do setor calçadista do Rio Grande do Sul. Isto devido aos encargos sociais,  à s altas tributações e pela mais alta taxa de juros do mundo praticada no Brasil . Segundo o senador Paulo Paim a invasão do calçado chinês também é uma das razões que está fazendo com que indústrias brasileiras desempreguem no sul do país e criem vagas em outros países. Um exemplo disso é a instalação de uma indústria do grupo gaúcho Paquetá na Argentina, com a meta de produzir 1,5 milhões de pares de sapato por ano, podendo chegar   à  criação de 2 mil vagas de trabalho. Para o senador Paulo Paim o alto índice de desemprego mexe com a economia do Rio Grande do Sul, "só ano passado, o setor embarcou 11% a menos nas exportações de calçados em relação a 2004, deixando de exportar 23 milhões de pares de sapatos e desempregando 20 mil trabalhadores", afirma Paim. O setor calçadista brasileiro é reconhecido no âmbito nacional e internacional pela qualidade dos produtos, pela alta tecnologia utilizada, pelo profissionalismo e pela mão-de-obra especializada e qualificada. "A indústria calçadista é competente e viável. Mas necessita de condições justas de concorrência e de uma política que impeça a perda de milhares de postos de trabalhos e aumente as exportações" ressalta Paim. Devido à problemática, no final do ano passado, representantes do setor calçadista se reuniram com o presidente Lula, onde foi sinalizada a possibilidade de o Governo Federal buscar medidas para que as empresas possam voltar a investir nas exportações e deter o desemprego. Outro ponto positivo ocorreu nesta semana. O governador do estado sancionou um decreto que isenta do pagamento de ICMS máquinas e equipamentos destinados às indústrias do setor coureiro-calçadista e moveleiro. A medida vai possibilitar uma melhor estruturação de dois setores que mais geram emprego e renda no Rio Grande do Sul. O setor solicita uma rápida mudança na política econômica : a redução dos juros, o aumento das alíquotas de importação, linhas de financiamento, a desvalorização do real perante o dólar e o imediato ressarcimento dos créditos devidos pela exportação. Para Paim "este é o caminho para desenvolvermos a indústria brasileira e fortalecermos a geração de emprego e renda".