Pesquisar no site
10.Maio
Paim: setor calçadista deve ser prioridade

O senador Paulo Paim participa hoje (10) de três audiências para tratar da crise do setor calçadista do Rio Grande do Sul. Para Paim as reuniões têm como objetivo buscar saídas para o problema no setor. Em reunião com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o Secretário Executivo Marco Antônio de Oliveira e o Chefe de Gabinete do Ministro do Trabalho Osvaldo Martines Bargas, Paim acredita ser viável construir um consenso para mudar o reflexo negativo desta crise. De acordo com Paim, é iminente uma resposta para esta situação, pois os maiores prejudicados com o problema são os funcionários desempregados. Vale dos Sinos, por exemplo, é a região que mais sente e concentra as dificuldades causadas pela crise. Foi de lá que partiu na última segunda-feira (08) para Brasília uma comitiva de   prefeitos,  empresários e representantes das indústrias de calçados. Eles vão solicitar medidas práticas do governo federal para o setor. Para o senador Paulo Paim é fundamental que sejam adotadas políticas práticas que invistam no setor, "os calçadistas estão desesperados com os reflexos declinantes na economia do Vale dos Sinos e com os milhares de desempregados". Este é um fantasma que assombra desde o ano passado, já foram 47 empresas fechadas e cerca de 20 mil postos de trabalhos extintos. A idéia dos manifestantes é sensibilizar o governo para intervirem nas altas taxas de juros, pois segundo eles, estas taxas são o motivo da crise no setor. A crise no setor se estende para o estado, um exemplo disso ocorreu na semana passada em Veranópolis (RS), a São Paulo Alpargatas demitiu 600 funcionários. Este problema deverá continuar caso as taxas de juros permaneçam altas. Segundo Paim a crise do setor se espalhou e está afetando a economia do Rio Grande do Sul e do país. Para ele é fundamental estabelecer   restrições  na entrada dos calçados   chineses  no país, diminuir as taxas de juros , atuar na cotação da moeda americana frente o real  e criar um plano de reestruturação e de investimentos para o setor calçadista. De acordo com Paim o problema da concorrência é outro agravante. "O setor calçadista vive hoje um momento de crise generalizada, além das altíssimas taxas de juros, existe a concorrência desleal com os calçados que vêm da china". O parlamentar destaca que estes pares de sapatos entram no país sem qualquer fiscalização e concorrem com os nossos produzidos aqui, por um preço bem inferior.