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17.Julho
Racha no PT

Edgar LisboaA proposta do grupo de trabalho que pretende afrouxar os controles sobre campanhas eleitorais acabou mostrando um racha dentro da bancada do PT. Petistas reclamam que o deputado Cândido Vaccarezza (SP) teria manobrado junto ao presidente da Câmara para conseguir a relatoria do projeto, ignorando o desejo da bancada, que preferia indicar o relator do último texto da reforma política, deputado Henrique Fontana (RS). “O Fontana é indicado pela bancada, o Vaccarezza não foi escolhido pela bancada. Então é muito ruim o presidente da Câmara nomear para coordenar um grupo de trabalho uma pessoa que não teve a indicação da bancada”, afirmou o deputado Ricardo Berzoini (SP) depois de Henrique Alves ter dito que o racha foi “um curto-circuito no PT”. O presidente da Câmara confirmou a escolha de Vaccarezza mesmo com protestos do PT.Mais um deputadoPara acalmar os ânimos, Henrique Alves permitiu que o partido tivesse mais um representante no grupo de trabalho. “O Vaccarezza, a convite nosso, vai coordenar o grupo, e o PT vai indicar seu representante. Eu indiquei o Vaccarezza, vou instalar hoje o grupo de trabalho. Vamos esperar a indicação do PT”, disse. Vaccarezza quer convidar Fontana.“Foi um convite pessoal do presidente da Câmara, e já conversei com os líderes, as ideias do partido devem ser trazidas por outro deputado, que acredito que seja o deputado Henrique Fontana por sua experiência com o assunto”. Fontana, por sua vez, desistiu e deu a vaga para Ricardo Berzoini. “A forma como se fez essa articulação tem que ser contestada, pois ela desrespeitou o desejo do partido. Esse foi o motivo de eu não ter entrado no grupo”, explicou Fontana.A proposta em discussão deve ser votada em agosto e permite, entre outras coisas, usar recursos do Fundo Partidário para pagar multas e possibilita que políticos com contas rejeitadas pelos tribunais de contas concorram.Diálogo, não enfrentamentoA relação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico deve ser de diálogo e não de enfrentamento. Assim pensa o senador Paulo Paim (PT-RS). “Não nos interessa confronto e distanciamento, e não interessa a nenhum país, desse ou daquele bloco, crescer sozinho, tanto por solidariedade, como pela sustentabilidade da região”, comentou o senador. Nos últimos meses, analistas têm apontado impactos sobre o Mercosul, uma vez que os quatro países da Aliança do Pacífico representam juntos aproximadamente 36% do PIB da América Latina e exportam mais que o bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.