No último dia (09), o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento suspendeu as importações das carnes com ossos e de animais vivos com predisposição à febre aftosa do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Esta decisão surgiu devido ao novo foco de febre aftosa, descoberto no município de San Luis Del Palmar, no nordeste da Argentina. De acordo com o senador Paulo Paim a decisão é uma resposta, para evitar o risco sanitário e também a contaminação do rebanho brasileiro. Segundo Paim o Brasil precisa se resguardar, “pois já tivemos vários casos da doença, diagnosticados no país”. A Argentina era um dos maiores exportadores de carnes para os países internacionais. O embargo abre uma brecha para que as exportações brasileiras cresçam. O senador Paulo Paim ressalta que o momento pode ser favorável para que o país conquiste o mercado internacional. “O quadro ruim para a Argentina, resulta em outro fator positivo para o Brasil. Os preços das carnes aumentam e a falta de opção faz com que as nossas exportações cresçam”, ressalta Paim. O senador Paulo Paim chama a atenção para a necessidade de implementação de políticas eficazes e urgentes de proteção da agropecuária brasileira. Pois segundo ele a radiografia traçada pelos agricultores e pecuaristas em relação ao ano passado foi muito ruim e as previsões para este ano não são melhores. Segundo dados do Ministério da Agricultura na balança comercial bilateral (Brasil-Argentina), no tocante ao comércio de carnes, o Brasil tem superávit de US$ 5,639 milhões. O mercado brasileiro exporta US$ 41,379 milhões para a Argentina, e importa US$ 35,740 milhões. Embora as previsões vislumbrem a suspensão do embargo à carne brasileira, produtores e exportadores de carne bovina de todo o país estão assombrados com a febre aftosa na Argentina e temem pela possibilidade de contaminação do rebanho brasileiro. Para Paim é preciso rapidez no sentido de garantir o controle da aftosa nas fronteiras e demonstrar que o fato não afeta os nossos rebanhos. “ Já chegamos a computar 51 países que limitaram as compras de carne brasileira por causa de problemas sanitários” afirma Paim. A fragilidade dos países da América do Sul à aftosa vai provocar a imposição de maior rigor às exportações de carne brasileira, “é preciso que estejamos preparados para garantir a qualidade do nosso produto”, defende o parlamentar.