Já são 80 municípios em estado de alerta. A estiagem está castigando várias regiões do Estado do Rio Grande do Sul e afetando a sua produção rural. Oito cidades gaúchas colocaram em prática um plano de racionamento de água e estão com suas represas abaixo do nível. As regiões gaúchas mais atingidas atualmente pela falta de chuva são a região da campanha, a região centro e a fronteira oeste. O senador Paulo Paim mais uma vez alerta e diz que o problema não pode se repetir como no ano passado. "A falta de chuvas nas principais regiões produtoras brasileiras , entre outros fatores,  fizeram  a safra agrícola de 2005 cair 5,2% em relação à de 2004 e 8,8% na comparação com a produção nacional de 2003, a maior quebra de todos os tempos" defende o parlamentar. A produção no ano passado foi de 112,6 milhões de toneladas, contra 124,2 milhões de toneladas de 2003, uma diferença de mais de 11 milhões de toneladas. Segundo Paim "além das condições climáticas desfavoráveis, em 2005 os agricultores brasileiros enfrentaram dificuldades para renegociar dívidas, escoar a produção, conseguir linhas de créditos e melhores preços na comercialização dos produtos". Para ele esses fatores resultaram numa queda de 24% no valor da produção em relação a 2004. A população de Bagé, por exemplo, enfrenta problemas com o abastecimento de água desde dezembro do ano passado. A situação ficou tão crítica que foi necessário implantar um sistema de rodízio com fornecimento de água apenas por 6 horas diárias . "Temo que esta venha a ser uma das piores secas dos últimos anos. A estiagem prejudica o agronegócio brasileiro e agrava ainda mais os índices de desemprego na lavoura" defende Paim. Só nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, já são mais de 350 cidades que decretaram estado de emergência. É importante que o Governo Federal esteja atento às últimas manifestações climáticas, para que assim possa investir recursos em ações que minimizem os efeitos desta situação que ano a ano se faz presente nos estados brasileiros.