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14.Julho
Paim: situação financeira no estado é preocupante

O   estado do  Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador ,  o quarto maior PIB nacional e  um dos estados com  melhor qualidade de vida do país. Nas últimas décadas, o Estado atendeu as necessidades do Brasil, direcionando sua força produtiva, indústria, agricultura e serviços, para a exportação, gerando divisas para o equilíbrio financeiro do país. Mas passa por momentos ruins. As finanças do Rio Grande do Sul refletem uma situação de total desequilíbrio. A dívida consolidada que, em 2003, era de pouco mais de R$ 26 bilhões, em abril deste ano, chegou a mais de R$ 32 bilhões, apesar de todo sacrifício do estado em pagar mais de R$ 1 bilhão por ano em juros. Em 2004, o serviço da dívida comprometeu 14,6% da Receita Corrente Liquida (RCL), ao final deste ano às previsões indicam que estaremos comprometendo cerca de 19%. Para o senador Paulo Paim a situação é preocupante, pois cerca de 58% das exportações gaúchas são de produtos manufaturados. Segundo ele "produtos com alto valor agregado e mão-de-obra especializada que dinamizam a economia gerando emprego e renda". O parlamentar alerta ainda que se o quadro permanecer, a geração de empregos   será comprometida. A valorização cambial, também contribui para que o estado perdesse competitividade resultando na falência de muitas empresas. Outra questão que agrava o quadro e provoca prejuízos é com relação ao agronegócio brasileiro. Já são três anos consecutivos de estiagem, cambio desfavorável, problemas de sanidade animal que acabaram ocasionando embargos à exportação dos produtos nacionais. Esses fatores fomentam uma crise sem precedentes, com reflexos em toda economia do estado. O  senador Paulo Paim acredita que iniciativas como o Pacto pelo Rio Grande e o Rio Grande que Queremos Agenda Estratégica 2006-2020 surgiram para estabelecer uma agenda de desenvolvimento econômico e social para o estado  e alterar o  cenário que   ora se apresenta.  O parlamentar esteve em audiência com o ministro dos Transportes, Dr. Sérgio Paulo e   o  ministro da Fazenda, Guigo Mantega para tratar desta problemática. No Senado Federal e na Câmara dos Deputados já existem projetos de reestruturação das dívidas estaduais. "Precisamos discutir propostas e ampliar os debates para chegarmos a um entendimento que solucione definitivamente a questão" defende Paim. O parlamentar ressalta ainda que "é preciso entender que a capacidade dos estados de honrar suas obrigações financeiras não se vincula à vontade política, mas, especialmente, ao saldo de suas despesas e receitas". Segundo ele é de fundamental importância restabelecer a autonomia financeira dos estados, sem comprometer a estabilidade econômica do país.