Paulo Paim (PT-RS) comemorou ontem o anúncio de que a Petroquisa, empresa subsidiária da Petrobras, não vai concretizar a troca de ações com a empresa Braskem, como vinha sendo negociado. De acordo com o senador, essa decisão é benéfica para a economia gaúcha e para os trabalhadores dos pólos petroquímicos do Rio Grande do Sul, que poderiam ser prejudicados com a operação, uma vez que envolvia a troca de controle de empresas locais. A negociação consistiria na troca da participação acionária da Petroquisa na Petroquímica Triunfo (85%) e na Copesul (15%), sediadas no Rio Grande do Sul, por 20% das ações da Braskem. Com isso, a Petroquisa passaria a ter 30% do capital da Braskem, enquanto esta teria o controle das refinarias gaúchas. Durante audiência presidida por Paim na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), representantes de trabalhadores do setor manifestaram a preocupação de que a troca de ações acarretasse demissões nas petroquímicas gaúchas, além de praticamente conferir um monopólio à Braskem. O senador destacou a participação do Senado Federal nos debates e o esforço da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, na decisão final tomada pela Petrobras. Paim recebeu apoio do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS).