O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou nesta quarta-feira (28) a atitude de entidades médicas contra o Programa Mais Médicos, do governo federal. O programa, previsto na Medida Provisória (MP) 621/2013, é criticado por médicos brasileiros por autorizar a vinda de estrangeiros para as vagas não ocupadas em todo o país. Paim lembrou ter, por diversas vezes, apoiado os sindicatos médicos em suas reivindicações, mas disse que não pode concordar com a maneira como essas entidades vêm se posicionando. O senador também criticou mensagens preconceituosas publicadas contra os cubanos nas redes sociais. - O Brasil não aceita mais esse tipo de prática, seja de médicos, seja de peão metalúrgico, seja de deputado, seja de senador – afirmou. Paim citou artigo do jornalista Gilberto Dimenstein entitulado “Debate sobre os médicos me dá vergonha”. No texto, o jornalista critica o dirigente médico que aconselhou os colegas a não prestarem socorro ao paciente em caso de erro de um médico estrangeiro. Dimenstein também questiona por que as entidades médicas não se voltam contra os estudantes despreparados do Brasil e acusa: “a resposta encontra-se na moléstia do corporativismo”. Paim leu trecho do artigo em que Dimenstein indaga por que os médicos que reclamam não se candidataram às vagas. “Será que preferem que o pobre se dane apenas para que um outro médico não possa trabalhar?”, questiona o jornalista antes de declarar ter vergonha por médicos colocam a vida de um paciente abaixo de seus interesses. O senador elogiou os pronunciamentos dos colegas Humberto Costa (PT-PE) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) sobre o tema. Em ambos, os senadores rebateram críticas ao programa e se manifestaram contra atos de preconceito daqueles que hostilizam os médicos estrangeiros.Agência Senado